marcada para 3 de outubro. O prefeito interino Donizete Viaro (MDB) larga na frente, enquanto a oposição tucana se articula para evitar um novo revés.

Eleito presidente da Câmara de Vereadores, Viaro afirma que tem o respaldo do partido para disputar a cadeira de prefeito em definitivo. O interino e a direção do MDB agora discutem alianças com outras siglas para compor a chapa. Em 2020, o candidato Heliomar Klabunde (MDB) teve os endossos de PT, PSB e PTB.

Klabunde venceu o pleito no ano passado, mas teve registro barrado pelo . Ele já foi prefeito do município e, na ocasião, teve reprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) as contas relacionadas à execução de um convênio com o governo federal. Por isso, caiu na Lei da Inelegibilidade.

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Donizete Viaro, prefeito interino de Paranhos e provável candidato nas eleições suplementares – Reprodução/Facebook

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou as investidas dos advogados do emedebista contra a impugnação. A última foi derrubada no dia 10 de junho.

Donizete Viaro aposta em repetir a receita que deu certo em Sidrolândia, onde Vanda Camilo (PP) acabou escolhida em definitivo nas eleições suplementares realizadas no dia 13 de junho. A vereadora havia assumido interinamente a prefeitura após a impugnação do eleito sub judice Daltro Fiuza (MDB).

“A população tem aceitado bem a gente. Os vereadores estão de bem com a administração. E até agora nenhum outro candidato se manifestou”, diz Donizete Viaro.

A demora na definição de candidaturas de oposição pode ser explicada pela cautela adotada pelo . Depois de administrar Paranhos por três mandatos (2005-2012 e 2017-2020), o tucano disputou a reeleição em 2020 e perdeu por uma margem grande de votos – quase 1,5 mil. Paranhos tem 8,3 mil eleitores, mas só 6,7 mil foram às urnas.

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Dirceu Bettoni, do PSDB, derrotado por uma margem de quase 1,5 mil votos nas eleições de 2020 – Reprodução/Facebook

“Estamos em diálogo, conversações, mas não tem nada definido”, afirma o presidente interino da Câmara, Hélio Acosta (PSDB). Vereador mais votado em 2020, ele admite ser um dos cotados a encabeçar a chapa tucana.

O parlamentar completa que as lideranças locais ainda vão se reunir com os caciques regionais do partido em Campo Grande. Enquanto isso, Acosta não descarta nem mesmo uma eventual composição com o MDB do prefeito interino, o que pode provocar uma eleição com candidato único.

“Ele [Donizete Viaro] está conseguindo levar da melhor forma possível. Interinamente é difícil de avaliar, de fazer um projeto. Mas Paranhos hoje está tranquila”, relata Acosta.

A reportagem tentou contato com Dirceu Bettoni, por telefone, mas sem sucesso.

Como fica o calendário eleitoral

Conforme resolução da Justiça Eleitoral, os partidos devem realizar convenções para definir candidatos entre 27 de agosto e 2 de setembro. Depois, têm até 5 de setembro para registrar a chapa que vai disputar as eleições suplementares.

A campanha eleitoral começa no dia 6 de setembro e pode seguir até 2 de outubro, véspera do pleito. A propaganda em rádio e televisão deve ser realizada entre os dias 11 e 30 de setembro.

Prefeito e vice eleitos serão diplomados no dia 22 de outubro e tomam posse no cargo já no dia seguinte.