Ex-candidatos a prefeito de Campo Grande em 2020 começam a se movimentar de olho nas eleições de 2022. A intenção da maioria é lançar novamente candidatura no próximo ano, principalmente, para deputado estadual e governador de Mato Grosso do Sul.

Cris Duarte, do PSOL, afirma que o plano é disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. “Uma mulher feminista e de esquerda é fundamental em um espaço tão pouco representativo”. Atualmente, ela busca se eleger presidente estadual do partido. “Estamos crescendo e acreditamos que teremos uma chapa competitiva”.

Com situação indefinida, mas propenso a concorrer para a Casa de Leis do Estado, Guto Scarpanti (Novo) diz que o foco da sigla é eleger representante para Câmara Federal. “Por enquanto, temos a certeza aqui em MS que disputaremos o Senado e a Câmara dos Deputados, mas somente quando a chapa estiver completa que teremos a possibilidade para estadual”.

Enquanto as chapas federais não se concretizam, afirma que sua situação segue indefinida. “Se não abrir a possibilidade, não disputarei nenhum cargo em 2022. Ficarei somente no apoio aos candidatos a deputado federal e senador”.

Vinícius Siqueira, que disputou pelo PSL em 2020, após muita confusão no partido e ação judicial, hoje, não só está no Pros, como comanda a legenda em MS. Afirma que é pré-candidato ao Governo do Estado. “O presidente do partido [nacional] quer crescer aqui e, para isso, a melhor forma é lançando para o governo”.

Outro nome, de uns anos para cá, que sempre está nas urnas é de Marcelo Bluma (PV). No próximo ano, apesar de se colocar à disposição, diálogo será aberto para que novas pessoas possam se candidatar ao Executivo estadual de MS. Atualmente, afirma, o partido está trabalhando para compor chapa de candidatos a deputado estadual e federal. “Esse planejamento vai até março. A partir disso, começaremos a fazer a discussão estadual, reformular programa estadual e fazendo discussão para o governo e Senado”.

Já Marcelo Miglioli, do SD, diz que é muito cedo para definições. “Agora que estão começando a desenhar o que eventualmente pode acontecer”. Ele diz que estaria pronto para concorrer novamente, se for o caso, mas também coloca até o rumo partidário em questão, uma vez que, segundo o próprio, depende do caminho que a sigla tomará nas eleições de 2022.

Com Podemos, Sidneia Tobias também deve voltar às urnas. Por enquanto, está ajudando o partido a construir candidaturas e trabalha com uma eventual candidatura à deputada estadual. “Eu sei que o desejo por uma política séria ainda está no coração de todos e eu acredito que ela é possível. Seguimos em frente sempre”.

Thiago Assad (PCO) disse que o pleito eleitoral ‘está muito distante’ e que, por enquanto, a legenda não iniciou discussão a respeito. “Nem acho que teremos até junho”. Não responderam sobre o assunto Sérgio Harfouche, Esacheu Nascimento e Paulo Matos.

Com mandato

Na eleição passada, seis políticos com mandatos concorreram e, no próximo ano, devem tentar reeleição dos cargos que já tinham. A exceção deve ser o prefeito Marquinhos Trad (PSD) que pode disputar o Governo de Mato Grosso do Sul.

Deputado estadual Marcio Fernandes, do MDB, tem plano de disputar a reeleição. “Estamos desenvolvendo um trabalho diferenciado, a população tem aprovado, principalmente por ser um segmento pouco explorado por político e muito pouco tem recebido atenção, que é a causa animal. Até por ser médico veterinário, a gente tem muito por fazer, além da castração de cães e gatos”.

Os deputados estaduais Pedro Kemp (PT) e João Henrique (PL), e os deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT) e Loester Trutis (PSL) não responderam à reportagem.