Sobre apoio do ‘centrão’, Bolsonaristas de MS dizem que presidente precisa governar
Bolsonaristas de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Coronel David e o deputado federal Luiz Ovando (PSL) defenderam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (04), que tem sido apoiado e também tem buscado se aliar a partidos do ‘centrão’, grupo de parlamentares menos conhecido por suas bandeiras e mais por se aliar […]
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Bolsonaristas de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Coronel David e o deputado federal Luiz Ovando (PSL) defenderam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (04), que tem sido apoiado e também tem buscado se aliar a partidos do ‘centrão’, grupo de parlamentares menos conhecido por suas bandeiras e mais por se aliar a governos diferentes, independentemente da ideologia. Para ambos, o presidente ‘precisa governar’.
Críticos da gestão de Bolsonaro apontam que a busca por este apoio, e também dos chamados ‘políticos profissionais’, como Roberto Jefferson, conhecido nacionalmente por envolvimento no Mensalão, poderiam derrubar o discurso político usado na campanha de não alinhamento a corruptos e membros da política tradicional brasileira.
“Na política há um princípio fundamental que é convivência e tolerância. Muitos desdobramentos podem ocorrer, vai depender da formação e caráter de quem convive não deixando de lado o interesse maior da nação que é sua soberania”, defendeu Ovando.
Para David, o presidente precisa de uma base para poder governar. “Ele [Bolsonaro] tinha uma boa base no início do governo, mas por conta do que ocorreu com o PSL, foi preciso reorganizar a base. Os partidos citados, na sua maioria, já votam com o governo. Nós não veremos no governo do Presidente Jair Bolsonaro as condutas inaceitáveis de tempos atrás na relação com o Congresso”, pontuou.
Apoios
O apoio do ‘centrão’ pode ser fundamental no Congresso. Isso porque de acordo com a proposta em discussão, os votos desse bloco podem corresponder até à metade dos 513 parlamentares e serem decisivos na aprovação ou rejeição de uma matéria.
Assim como em outras gestões, as negociações de Bolsonaro com o Centrão envolvem a distribuição de cargos aos partidos, que terão o direito de indicar aliados para as vagas. A estratégia inicial do Palácio do Planalto era garantir a aprovação de medidas, principalmente na área econômica, após a crise do coronavírus.
No entanto, com a abertura de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) com base nas declarações do ex-ministro Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, o governo quer agora garantir uma base aliada que possa barrar um eventual processo de impeachment.
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