Sem dinheiro para pagar salários, rombo na Funsaud passa de R$ 34 milhões
Em mais um dia de protestos no maior hospital de Dourados e com leitos completamente lotados, o sistema de saúde no município agoniza. Com problemas de má gestão a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que acumula uma dívida de R$ 34,5 milhões, foi alvo de críticas da Câmara Municipal de Vereadores. Na […]
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Em mais um dia de protestos no maior hospital de Dourados e com leitos completamente lotados, o sistema de saúde no município agoniza. Com problemas de má gestão a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que acumula uma dívida de R$ 34,5 milhões, foi alvo de críticas da Câmara Municipal de Vereadores.
Na sessão desta quarta-feira (9), que tinha sido adiada em virtude do ponto facultativo e do feriado, o vereador Elias Ishy (PT), que acompanhou uma reunião do Conselho Municipal de Saúde não poupou críticas à administração da prefeita Délia Razuk (sem partido). Segundo ele, “o problema é de má gestão” e reflete o caos.
Além de não conseguir quitar compromissos com fornecedores que somam R$ 16, 6 milhões, as dívidas tributárias, segundo o parlamentar, também totalizam R$ 17,8 milhões, que incluem pagamentos atrasados e férias vencidas.
“O repasse mensal da prefeitura é de R$ 4,5 milhões, enquanto seriam necessários mais de R$ 7 milhões. Com certeza var ficar um buraco muito grande para a próxima gestão”, denunciou o parlamentar petista, ressaltando que é hora de a classe política “esquecer as picuinhas partidárias”
O coro das reclamações em relação à má gestão foi reforçado pelo tucano Sérgio Nogueira (PSDB) que também disparou a metralhadora de críticas contra a atual administração e fez um apelo para que o prefeito eleito Alan Guedes (Progressista) reúna todos os vereadores e mostre a real situação da prefeitura.
“Todos que estão saindo precisam saber em que pé está a gestão atual. O rombo é grande e não é só buraco ou cratera no asfalto não. Tem cratera na saúde financeira de Dourados. Tem muita coisa para pagar aí e essa gestão deveria explicar onde foi parar mais de R$ bilhão que entrou em 2020”, cobrou Nogueira, em referência ao orçamento anual da prefeitura.
Até o vereador Cirilo Ramão (MDB), aliado de primeira hora de Délia Razuk, que esboçou uma defesa da gestão que termina no dia 31 de dezembro, ao afirmar que a situação da Funsaud é parte de uma herança antiga e que terá que ser resolvida pelos próximos vereadores e também pela futura administração. Segundo ele, o município tem feito um esforço muito grande em repassar para a saúde uma quantia considerável e até acima do que prevê a lei, mas isso não tem sido suficiente.
Salários e remédios
Enquanto os vereadores debatiam virtualmente os problemas da saúde em Dourados, mais um grupo de funcionários de enfermeiros e técnicos do Hospital da Vida ocupava novamente as portas de entrada da unidade para denunciar o descaso.
“Falta material básico para trabalhar como gazes, seringas, e ainda querem nos dar mais trabalho. Nossas contas estão atrasadas e nada do salário, do décimo terceiro, estamos cansados disso, achamos isso uma humilhação”, reclamou uma funcionária da UTI (Unidade de Terapia Intensiva.
Segundo os funcionários, há antibióticos e medicações para sedação de pacientes que são suficientes apenas para os próximos dias. Além disso, conforme os manifestantes, existe a ameaça de acontecer a retirada de respiradores e monitores devido ao acúmulo de débitos ao prestador de serviço.
O secretário municipal de Saúde, Jackson Farah Leiva foi novamente procurado pela reportagem do Midiamax para falar das denúncias em relação ao Hospital da Vida e à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e também sobre as dívidas da Funsaud, mas até o momento não se manifestou.
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