Projeto de lei apresentado nesta semana na Câmara Municipal de Campo Grande quer tornar essencial a presença de profissional habilitado para atuar como intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em comércios e prestadores de serviços públicos ou privados. Propostas sobre pessoas com deficiência foram aprovadas na Casa de Leis.

Segundo o texto, a regra valeria para locais que, em exercício de suas atividades, têm contato com a população em geral. O profissional capacitado auxiliaria o atendimento de pessoas com deficiência auditiva. Se aprovada, a medida ainda deve ser regulamentada pela Prefeitura de Campo Grande.

No projeto, apresentado pelo vereador Gilmar da Cruz (Republicanos), há afirmação de um estudo do Instituto Locomotiva que aponta 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, das quais, 2,3 milhões têm grau considerado severo.

“As dificuldades enfrentadas pelos portadores de deficiência auditiva são imensas, conforme o Instituto Locomotiva informou, que a falta de acolhimento e a inclusão limitam o acesso aos surdos às oportunidades básicas, como educação, somente 7% têm o ensino superior completo, 15% frequentaram até o ensino médio, 46% o ensino fundamental e 32% não possuem grau de instrução”, traz trecho da proposição.

Pelo menos 20% destas pessoas não conseguem sair de casa sozinhas, por conta da falta de inclusão. Já existe lei que reconhece a Libras, mas a sociedade ainda não se preparou para o público, segundo o texto.