A Promotoria de Justiça de Bandeirantes deflagrou a Operação Efeito Dominó, hoje (4), e cumpriu três mandados de busca e apreensão no município, distante 70 quilômetros de Campo Grande.
O alvo da ação é chefe da Defesa Civil e coordena o programa Vale Renda em Bandeirantes. O processo corre em segredo de Justiça.
Segundo divulgou o MPMS (Ministério Público Estadual), o servidor público e outros agentes são suspeitos de usar perfis “fake” no Facebook para difamar e coagir testemunhas de investigações.
A Efeito Dominó é um desdobramento da Operação Sucata Preciosa, que apura contratos com empresas que emitiriam notas frias para conserto de veículos da frota municipal. Porém, o serviço nunca teria sido prestado.
Testemunha do caso, enfermeira contratada pela prefeitura de Bandeirantes procurou a polícia e disse que estava sendo alvo de perseguição política. O motivo seria ela ter participado de confraternização na delegacia da cidade um dia antes da Sucata Preciosa ser deflagrada.
Perfis “fake”
Um dos perfis falsos usados pelo servidor e outros agentes, com o nome de “Rafael Almeida Fonseca”, publicou vídeo, supostamente da confraternização. A publicação sugere armação para “sujar a imagem do prefeito”, Álvaro Nackle Urt (DEM). A enfermeira acabou demitida no fim de julho.
O chefe da Defesa Civil de Bandeirantes também usaria outro perfil falso, com nome de “Amanda Greens”.
Os mandados foram cumpridos na casa do funcionário público e nas sedes do programa Vale Renda e na Defesa Civil de Bandeirantes.
A operação contou com apoio da Polícia Civil de Bandeirantes e de Jaraguari, além do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
A secretária de Saúde de Bandeirantes, Rosa Bortoline Rodrigues, foi intimada da decisão judicial que impede sua comunicação com a ex-enfermeira e testemunha do caso. Ela também é investigada.
Conforme o MPMS, o nome escolhido para a operação deflagrada hoje, Efeito Dominó, faz alusão à relação de causa e efeito entre uma série de eventos sucessivos.