Lives, impulsionamento e até TikTok: redes sociais aumentam protagonismo na corrida à prefeitura

Os candidatos a prefeito de Campo Grande são unânimes na avaliação de que as redes sociais serão protagonistas nesta campanha. De olho em superar a barreira do isolamento que a pandemia de covid-19 impôs, equipes inteiras vão se dedicar apenas em criar e postar conteúdo, responder comentários e filtrar as mensagens que chegam nos perfis. As plataformas […]

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Os candidatos a prefeito de Campo Grande são unânimes na avaliação de que as redes sociais serão protagonistas nesta campanha. De olho em superar a barreira do isolamento que a pandemia de covid-19 impôs, equipes inteiras vão se dedicar apenas em criar e postar conteúdo, responder comentários e filtrar as mensagens que chegam nos perfis.

As plataformas mais visadas serão Facebook, Instagram e WhatsApp. Porém, há quem pretenda sair do óbvio e apostar no TikTok, uma das redes sociais que mais cresce no Mundo.

Em xeque no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impulsionamento de conteúdo já é usado por parte dos candidatos. A maioria dos times de mídia dos postulantes à prefeitura da Capital planeja explorar as postagens patrocinadas.

Com uma equipe de apenas duas pessoas, a candidata Cris Duarte (PSOL) não conta com funcionários voltados apenas para redes sociais. No entanto, pretende sim investir e impulsionar seus posts, tudo dentro do orçamento previsto para campanha. Twitter, Instagram e Facebook são os investimentos certeiros da candidata, que, tentando acompanhar a nova febre da internet, pensa em se arriscar no TikTok.

Candidato a prefeito de Campo Grande Dagoberto Nogueira participa de live
Dagoberto Nogueira (PDT) durante transmissão ao vivo (Foto: Reprodução/Instagram)

Dagoberto Nogueira (PDT) informou que não tem planos para investimentos em redes sociais. Mas também não fica de fora delas. Ele costuma realizar três ou até quatro lives por dia no Facebook ou Instagram. E o próprio candidato é quem faz suas publicações.

‘Ferramentas prioritárias’

A equipe de redes sociais de Marcelo Miglioli (Solidariedade) é composta por oito profissionais, à frente dos perfis do candidato em Facebook, Instagram e WhatsApp.

“As redes sociais são consideradas as ferramentas prioritárias nesta campanha, já que a pandemia impõe uma série de restrições com respeito ao contato direto e presencial com o eleitor”, disse Antônio Negruny, analista de redes sociais da campanha de Miglioli.

A equipe já trabalha com impulsionamento de conteúdo e aposta no WhatsApp para aumentar a interação com o potencial eleitor.

O candidato Guto Scarpanti (Novo) pretende usar as tradicionais redes, Facebook, Instagram e WhatsApp. Para isso, conta com três funcionários para lidar especialmente com essas plataformas e também pretende impulsionar seus posts.

Scarpanti foi o único a abrir para a reportagem o orçamento previsto para custear as ações nas redes sociais: R$ 35 mil, entre criação de publicações e impulsionamentos.

Esacheu Nascimento, candidato pelo Progressistas, pretende usar intensamente suas redes sociais. Os canais mais utilizados serão YouTube, Facebook, Instagram e WhatsApp.

Esacheu Nascimento (Progressistas) durante live
Candidato pelo Progressistas, Esacheu Nascimento, durante live (Foto: Reprodução/Facebook)

Já João Henrique Catan (PL) conta com a equipe de uma agência (entre 10 e 12 funcionários), bem como três jornalistas. O candidato aguarda definição do TSE sobre a ferramenta para impulsionar publicações, mas, se liberado, vai utilizar.

Marcelo Bluma (PV) pretende usar as redes sociais para apresentar suas propostas e interagir com eleitores, mas ainda não tem um valor exato no orçamento.

Polarização de ideias

A equipe de Pedro Kemp (PT) tem três pessoas responsáveis pelas redes sociais, bem como outros dois voluntários incumbidos de interagir com potenciais eleitores nos comentários. Além disso, o candidato criou novos perfis no Instagram e no Twitter.

O time de Kemp avalia que as redes sociais têm sido espaço de polarização de ideias, mas pretende fazer uma campanha na contramão disso, com “menos ódio e mais propostas”, declarou a equipe.

Os impulsionamentos serão a aposta do PT para “furar a bolha” e conseguir chegar a possíveis eleitores que não conhecem o candidato ou suas ideias.

Transmissão ao vivo com candidato a prefeito de Campo Grande, Marcio Fernandes
Marcio Fernandes (MDB) é focalizado por celular para transmissão ao vivo (Foto: Reprodução/Facebook)

Por sua vez, a equipe de comunicação de Marcio Fernandes trabalha de forma integrada. Facebook e Instagram são as prioridades do candidato. Nestas redes, a estratégia é adotar discurso questionador sobre gestão pública, mas também propositivo.

De início, a campanha de Fernandes identificou que as postagens sobre serviços públicos e direcionadas a moradores de bairros mais afastados têm gerado engajamento maior. Assim, a ideia da equipe é impulsionar conteúdo com base neste diagnóstico.

A reportagem procurou as equipes dos candidatos Marquinhos Trad (PSD), Delegada Sidneia Tobias (Podemos) e Paulo Matos (PSC), que não responderam até a publicação deste texto. Por outro lado, a assessoria de Sérgio Harfouche (Avante) não quis conceder entrevista sobre o assunto.

Com decisão contrária à sua candidatura no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), Loester Trutis (PSL) não atendeu ou retornou as ligações.

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