Lentidão na apuração das eleições gera especulação sobre ataque hacker ao TSE

A lentidão na divulgação das primeiras parciais da apuração das eleições 2020 gera especulação sobre ataques hackers ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Uma hora após o fim da votação em Mato Grosso do Sul, ainda não foi divulgada a primeira parcial. Mais cedo, o telão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso […]

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A lentidão na divulgação das primeiras parciais da apuração das eleições 2020 gera especulação sobre ataques hackers ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Uma hora após o fim da votação em Mato Grosso do Sul, ainda não foi divulgada a primeira parcial. Mais cedo, o telão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) exibiu mensagem de erro. 

Durante todo o dia, tanto os sistemas do TSE quando o aplicativo e-título, usado para justificar o voto, por exemplo, ficaram instáveis e muitos eleitores não conseguiram acessar os serviços.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou na tarde deste domingo (15) que uma tentativa de ataque aos sistemas do tribunal conseguiu ser neutralizada. Ainda conforme o ministro, a tentativa de ataque não teve como alvo o sistema de apuração e totalização dos votos, que, portanto, não foi afetado. O envio das informações das urnas ao TSE é feito por meio de uma rede criptografada do próprio tribunal, que não foi atingida, segundo Barroso.

Entretanto, a demora na divulgação do resultado e instabilidades no sistema geram a especulação de que o TSE tenha sido afetado pelos ataques. Em São Paulo, apesar de a votação já ter acabado há duas horas, houve apenas a divulgação da primeira parcial, com 0,39% das urnas apuradas.

Assim, apenas uma parcial foi divulgada pelo TSE. Entre as capitais, a que teve a maior parte das urnas apuradas foi Florianópolis, com 77%. Em Belém, no Pará, com 61,9%.

Ataques

No começo de novembro, órgãos como STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ministério da Saúde e outros foram atingidos por ataques cibernéticos.

Segundo um comunicado assinado pelo presidente do STJ, ministro Humberto Martins, no dia 5, o ataque foi detectado pela presença de um vírus na rede de informática do tribunal, enquanto sessões de julgamento eram realizadas. Para proteger o sistema, os links da rede interna do tribunal com a internet foram desconectados –fazendo com que os sistemas de informática e telefonia do tribunal deixassem de funcionar.

A pedido do órgão, a Polícia Federal está investigando o caso –em um inquérito sigiloso.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as urnas eletrônicas não têm nem o hardware necessário para fazer uma conexão a uma rede com ou sem fio –o que inviabiliza um ataque virtual externo.

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