Bancada de MS aprova mudança de Onyx, mas teme militar na Casa Civil de Bolsonaro
Após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quinta-feira (13), de mais duas trocas de ministros em sua gestão, integrantes da bancada federal sul-mato-grossense avaliaram como positivo o remanejamento do ministro Onyx Lorenzoni para o Ministério da Cidadania. Mas, temem que a entrada de um militar na Casa Civil possa prejudicar ainda mais […]
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Após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quinta-feira (13), de mais duas trocas de ministros em sua gestão, integrantes da bancada federal sul-mato-grossense avaliaram como positivo o remanejamento do ministro Onyx Lorenzoni para o Ministério da Cidadania. Mas, temem que a entrada de um militar na Casa Civil possa prejudicar ainda mais a interlocução do Planalto com o Congresso Nacional.
“Sabemos que o ocupante deste cargo precisa ter bom diálogo com a Câmara e o Senado. E torço pra que tenha. Sem isso, os projetos do Governo podem ter dificuldade na tramitação no Congresso”, ponderou a deputada federal Rose Modesto (PSDB). Na avaliação dela, somente o tempo poderá dizer se é boa opção colocar um militar em função estratégica onde o diálogo predomina e de grande interlocução com os parlamentares.
Já o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) é mais crítico e diz que o presidente deveria trocar o nome da Casa Civil para ‘Casa Militar’. “O Governo vem tirando os civis e colocando militares, lógico que com isso, dificulta cada vez mais a relação com Congresso, essas pessoas têm muita dificuldade para entender o processo democrático”, afirmou.
Na avaliação do deputado federal Fábio Trad (PSD), a questão é se o novo ministro da Casa Civil, o general Walter Souza Braga Netto, que atualmente ocupa a chefia do Estado Maior do Exército, terá traquejo com as bancadas. “A questão não é se ele é militar. É se tem ou não disposição pra fazer política. Política com p maiúsculo, republicana. Disposição pra conversar com os parlamentares, atender os pleitos dos parlamentares que são porta-voz dos cidadãos que representam. Então, se tiver traquejo, vai vingar. Caso contrário, aos poucos se desgasta e haverá substituição”, avaliou.
Perspectivas de projetos para MS
Apesar dos temores quanto à Casa Civil, os deputados federais estão animados com a possibilidade de destravar projetos sul-mato-grossenses na pasta da Cidadania, cujo atual ministro Osmar Terra, que tem mandato de deputado federal, voltará para a Câmara.
Para a tucana Rose Modesto, a competência de Lorenzoni é ponto positivo para os setores assistencial e esportivo de todo o País e deve contribuir para os projetos em andamento em MS e nos demais estados. Na Cidadania é que são conduzidos projetos como o Bolsa Família e os demais trabalhos sociais do Governo, área de atuação histórica da deputada.
Já Fábio Trad acr edita que Onyx vai impulsionar o que ficou paralisado e espera que a troca favoreça o Estado. “Pode até agilizar e dar mais impulso aos projetos do Mato Grosso do Sul”, completou o parlamentar. Todos os deputados federais da bancada de MS foram acionados pela reportagem, mas os demais não se manifestaram até a publicação desta matéria.
Posse
A solenidade de troca dos ministros foi marcada para a próxima terça-feira (18). As duas trocas representam a sétima mudança feita por Bolsonaro desde o início de sua gestão, há pouco mais de um ano. Substituições já ocorreram nos ministérios da Educação (Ricardo Velez por Abraham Weintraub), na Secretaria-Geral da Presidência (Gustavo Bebianno por Floriano Peixoto e, em seguida, por Jorge Oliveira), na Secretaria de Governo (Santos Cruz por Luiz Eduardo Ramos) e, na semana passada, no Ministério do Desenvolvimento Regional (Gustavo Canuto por Rogério Marinho).
O general que passará a compor o primeiro escalão de Bolsonaro já esteve à frente de um dos oito comandos nacionais do Exército e foi interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro em 2018, nomeado pelo presidente Michel Temer, permanecendo no cargo durante toda a vigência da intervenção.
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