Após fim do ‘antidoping’, motoristas de aplicativo querem mais 4 mudanças na lei
Depois da garantia de que a lei municipal n.º 6.294 não exigirá mais exame toxicológico, motoristas de aplicativo protocolaram nesta terça-feira (04) ofício pedindo outras quatro mudanças no texto original da lei – aprovada em setembro do ano passado e que entraria em vigor neste mês. Após protestos e reuniões com a categoria, o prefeito […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Depois da garantia de que a lei municipal n.º 6.294 não exigirá mais exame toxicológico, motoristas de aplicativo protocolaram nesta terça-feira (04) ofício pedindo outras quatro mudanças no texto original da lei – aprovada em setembro do ano passado e que entraria em vigor neste mês.
Após protestos e reuniões com a categoria, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) informou que enviaria projeto de lei para a Câmara de Vereadores no retorno do recesso, concedendo prazo de mais 90 dias para adequações e eliminando a exigência de teste ‘antidoping’ para os motoristas.
Além desses pontos, o documento protocolado pela Uma (União dos Motoristas de Aplicativo) solicita outras quatro mudanças no texto original. O primeiro deles é referente à idade dos veículos que podem executar o serviço. Pela nova legislação, serão permitidos carros até oito anos. O questionamento é que no País esse prazo vai até dez anos. Caso não seja possível estender a idade de fabricação, o documento pede que seja dado mais um ano de prazo para adequação.
A segunda mudança pedida é a revisão dos valores e tipificações das multas, consideradas ‘extremamente elevadas’ em comparação com outras capitais. Enquanto em Palmas (TO), por exemplo, uma infração grave é punida com multa de R$ 344, em Campo Grande a penalidade pode chegar a R$ 1 mil acrescida da cassação da carteira e perda dos documentos.
A obrigatoriedade de um seguro é outro questionamento. Para os motoristas, na nova lei não está claro se a exigência é a mesma já cumprida por meio das empresas de aplicativo ou se terão que contratar novo seguro. Por fim, a categoria quer que a identidade visual dos veículos seja retirada por questões de segurança.
A associação que assina o documento foi criada neste ano para intermediar as negociações da categoria com o prefeito. Advogado que representa o grupo, Yves Drosghic afirma que a intenção das reivindicações é viabilizar o trabalho dos motoristas.
“Se conseguir resolver isso aí já é um grande ganho pra categoria e principalmente pra sociedade, porque se diminuir o numero de motoristas de aplicativos de uma hora pra outra isso aí vai encarecer o preço da passagem, é a lei da oferta e da procura”, ressalta, lembrando que cerca de 30% dos 10 mil motoristas da Capital ainda não conseguiram se adequar à nova legislação.
Confira a íntegra do ofício protocolado:
Ofício 01/2020
Excelentíssimo Sr Prefeito de Campo Grande
Dr. Marcos Marcelo Trad
A União dos Motoristas de Aplicativos de Campo Grande-MS, criada em 25 de janeiro passado vem solicitar de Vossa Excelência que a Lei n. 6.294 de 2019 em sua modificação, conforme anunciado em recente audiência que tivemos no Paço Municipal, contenha a elevação da idade de fabricação do carro de oito para dez anos, ou que seja dado prazo de um ano para o motorista se adaptar à atual idade máxima da lei.
Por outro lado, solicitamos revisão dos valores e tipificações das multas, sendo certo que ficaram em valores extremamente elevados, em comparação com outras capitais. Por exemplo, Goiânia utiliza os seguintes valores: a) leve: punida com multa de valor correspondente a R$ 100,00 (cem reais); b) média: punida com multa de valor correspondente a R$ 200,00 (duzentos reais); c) grave: punida com multa de valor correspondente a R$ 300,00 (trezentos reais); d) gravíssima: punida com multa de valor correspondente a R$ 500,00 (quinhentos reais).
Além disso, a mudança para que fique claro a incumbência da obrigatoriedade do seguro ser pago pela O.T.
Solicitamos ainda que a identidade visual dos veículos cadastrados junto a Agetran para prestar o serviço de transporte motorizado privado seja retirada da lei por questão de segurança: o nome do motorista, CPF, e placa do carro conforme determinado no Art. 10 X.
Outrossim, agradecemos a disposição para o diálogo, cumprimentando-o por já ter atendido nossa reivindicação do fim da necessidade de teste toxicológico que vai constar do Projeto de Lei que será enviado em breve à Câmara.
Mais uma vez, colocamo-nos a disposição de construir uma saída justa e viável para a comunidade de Campo Grande-MS.
Campo grande-MS, 04 de fevereiro de 2020
Fernando França
CPF: 271929891-34
Presidente da UMA
Notícias mais lidas agora
- Adolescente tinha salário roubado pela mãe e diz ter usado cocaína pela 1ª vez para cometer o crime
- MAPA: Confira onde ficam os radares que mais multam em Campo Grande
- VÍDEO: câmera flagrou acidente que deixou motociclista gravemente ferido no São Jorge da Lagoa
- Preso com 52 quilos de cocaína em Campo Grande é executado a tiros na fronteira
Últimas Notícias
Dois são presos em flagrante por incêndio em vegetação no Nova Lima
Equipe da Polícia Militar foi acionada para averiguar denúncia do incêndio
STJD define data de julgamento do pedido de Corinthians e Vasco da semifinal da Copa do Brasil
Outros sete casos também serão julgados neste dia
TRE-MS lembra que partidos já podem fazer entrega da prestação de contas
Entrega das mídias pode ser feita de maneira online
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.