O governador (PSDB) sofreu mais uma derrota no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da corte máxima brasileira, ministro Luiz Fux, rejeitou pedido do governador de , que tentava tirar das mãos do ministro Edson Fachin, um habeas corpus para suspender a Ação Penal 980 no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Após o MPF (Ministério Público Federal) oferecer a denúncia contra Reinaldo, o governador montou um time de advogados para representá-lo na ação criminal que aponta o governador de Mato Grosso do Sul como chefe de organização criminosa em esquema de corrupção.

Azambuja pode ser afastado do cargo a partir do recebimento da denúncia do MPF no STJ. Atualmente, a ação encontra-se conclusa para decisão no STJ, nas mãos do ministro Felix Fischer. O pedido de Reinaldo foi indeferido e o HC, que tenta tirar do STJ e mandar para o (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), volta para o relator da peça, ministro Fachin.

Na decisão, o ministro Luiz Fux disse que não há ‘que se falar em livre distribuição dos autos nem em violação do entendimento segundo o qual ‘a colaboração premiada, como meio de obtenção de prova, não constitui critério de determinação, de modificação ou de concentração de competência'”.

Manobra para tirar do STJ e mandar ao TJMS

A defesa do governador utilizou manobra do habeas corpus para tentar levar a denúncia para a Justiça Estadual. Para isso, ingressou com pedido de habeas corpus no STF, que foi parar no gabinete do ministro Edson Fachin. Isso porque o ministro já havia relatado reclamação do governador de Mato Grosso do Sul, em 2017.

Na época, a defesa do tucano pediu acesso irrestrito à provas do inquérito 1.190/STJ, investigação que originou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra Reinaldo. Mas Fachin permitiu compartilhamento de apenas parte delas.

Fachin é conhecido por adotar linha dura. O ministro é o relator dos processos da Operação Lava Jato no STF e caberia a ele deferir ou derrubar pedido liminar que requer a suspensão do trâmite da ação penal sobre corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, imputados ao governador do Estado.

Com base na negativa de acesso às provas em reclamação de 2017, a defesa pediu que a análise do habeas corpus fosse redistribuída para a presidência do STF e, depois distribuída aleatoriamente.