“Quanto mais ministros um estado possui dentro do governo, maiores são as chances de esse estado angariar e liberar investimentos. Isso é fato”, avaliou o deputado federal Vander Loubet (PT) sobre a possível indicação da senadora Simone Tebet (MDB) para assumir o Ministério da Integração Nacional.
Em resposta ao Jornal Midiamax, por meio de sua assessoria, o deputado alegou que preferia não comentar o mérito da questão, por ser um parlamentar de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).
“Acredito que não cabe a mim emitir opinião sobre os ministros escolhidos pelo governo. Isso é tema de análise para quem está na base do governo”, declarou Vander.
O nome da senadora, que é presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado, ganhou notoriedade no Palácio do Planalto depois que ela abdicou de sua candidatura à presidência da Casa em nome de Davi Alcolumbre (DEM-AP), que acabou se elegendo.
Após esse ato a senadora ganhou aliados no Senado e também no DEM, partido que está na base do Governo Federal. A indicação para ocupar a Integração e o Ministério das Cidades, recriados nesta semana com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Regional, ficaria a cargo de Alcolumbre e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Desde que o governo sinalizou a preferência por nomes do MDB, ambos teriam sido procurados por diversos parlamentares, deixando a disputa acirrada. Nos bastidores, há uma ala da sigla que articula a indicação de Simone Tebet.
Além de Simone, também estão entre os cotados o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), que já ocupou a pasta no primeiro mandato de Dilma Roussef (PT), de 2011 a 2013, e Romero Jucá (RO).
A Medida Provisória 870 que, entre outras coisas, recria o Ministério da Integração Nacional e o Ministério das Cidades, após a extinção do Ministério do Desenvolvimento Regional, está em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado e deverá ser votada até o fim deste mês.