O julgamento do recurso pedindo o desbloqueio de R$ 277 milhões da família do governador (PSDB), réu na ação referente a Operação Vostok, está pautado para esta quarta-feira (20) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) após ter sido adiado no último dia 6 de novembro. O caso está sob relatoria do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.

Ao todo, 12 processos estavam agendados para serem julgados na última reunião da Corte Especial, porém os dois referentes ao governador sul-mato-grossense foram retirados da pauta por ‘falta de tempo hábil'. Reinaldo busca o desbloqueio dos valores retidos pela Justiça a mais de um ano, quando foi deflagrada a Vostok.

Além do dinheiro do governador, também foram bloqueados os bens da família de Azambuja, afetando a primeira dama Fátima Souza e Silva e seus três filhos, Rafael, Tiago e – este último chegou a ser preso junto a integrantes da alta cúpula do Governo do Estado, em 2018.

Durante a campanha eleitoral, Reinaldo solicitou o desbloqueio dos valores, mas apenas R$ 1,4 milhões que estavam declarados em sua conta bancária foram liberados, mantendo as demais propriedades e contas da família bloqueadas, conforme determinou o então ministro relator da Vostok, Felix Fischer.

A investigação feita pelo PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal) apura se Reinaldo recebeu R$ 67,7 milhões em propinas para conceder incentivos fiscais à JBS, que teria causado prejuízo na marca de R$ 209,7 milhões ao Estado.

Recentemente, a defesa do governador pediu a redistribuição do recurso referente a indisponibilidade de bens, o que foi negado e arquivado pelo ministro relator interino da Vostok, Paulo de Tarso Sanseverino. A , que ouviu mais de 100 pessoas no início de setembro, apura o pagamento de propina, delatado pelos empresários Wesley e Joesley Batista, da JBS, a integrantes do alto escalão do Governo de Mato Grosso do Sul. Por ora, Paulo de Tarso substitui temporariamente Fischer, que passa por grave problema de saúde.