‘Política não é muito da mulher’: Aliada, Soraya se cala sobre declaração do presidente do PSL
A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (PSL) afirmou, por meio de sua assessoria, que prefere não comentar a declaração do presidente nacional de seu partido, Luciano Bivar, que afirmou que mulher não serve para estar na política. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no fim de semana. “[A política] não […]
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A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (PSL) afirmou, por meio de sua assessoria, que prefere não comentar a declaração do presidente nacional de seu partido, Luciano Bivar, que afirmou que mulher não serve para estar na política.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no fim de semana. “[A política] não é muito da mulher. Eu não sou psicólogo, não. Mas eu sei isso”, afirmou o cacique da legenda ao comentar ser contra a cota que determina que 30% dos candidatos dos partidos sejam do sexo feminino.
Reeleito para o cargo de deputado federal por Pernambuco, Bival é aliado político de Thronicke e, inclusive, a ajudou a assumir o controle do partido em Mato Grosso do Sul, após impasse com o ex-mandatário estadual, Rodolfo Nogueira.
Bivar concedia entrevista sobre a denúncia de que o partido teria criado uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu da legenda R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018. De acordo com dados da campanha, Maria de Lourdes Paixão, 68, que concorreu a deputada federal e teve 274 votos, foi a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o país, mais do que o próprio presidente Jair Bolsonaro e a deputada Joice Hasselmann (SP). A candidata concorria no mesmo Estado que o presidente da sigla.
O presidente, então, criticou o fato do partido ser obrigado por lei a destinar certa quantidade de vagas para candidatas do sexo feminino. “Você tem que ir pela vocação, está certo? Tem que ir pela vocação. Se os homens preferem mais política do que a mulher, está certo, paciência, é a vocação. Se você fizer uma eleição para bailarinos e colocar uma cota de 50% para homens, você ia perder belíssimas bailarinas, porque a vocação da mulher para bailarina é muito maior do que a de homem. Tem que ser aberto”, argumentou.
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