A audiência pública que acontece na Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (13) e sindicatos que representam várias categorias protestam contra a reforma trabalhista. ‘A e os Impactos Constitucionais, Econômicos e Sociais’, foi proposta pelo deputado estadual (PT).

Segundo o vice-presidente da Fategri- (Federação dos Trabalhadores na Agricultura) Ramiro Moyses Neto, a reforma deverá prejudicar a vida dos trabalhadores do campo e principalmente das mulheres. “As mulheres têm jornada tripla em casa e no trabalho e os homens do campo acordam muito cedo e vão dormir tarde. Não é um trabalho qualquer, em baixo do sol quente, é um trabalho desgastante”, disse Ramiro.

O representando da federação ainda pontua que o trabalhador rural contribui para a previdência de uma forma diferente, já que o repasse acontece por produção. “No nosso ponto de vista, já contribuímos muito para a previdência social, por isso a gente está na luta contra essa reforma”, afirmou.

Já o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) Jaime Teixeira afirma que as outras fontes de renda da previdência deveriam ser revistas e, com a atual reforma será ‘impossível’ que o trabalhador se aposente.

“O problema da previdência não é só a despesa dela, mas também o financiamento. O financiamento da seguridade não é só patronal, ele tem várias outras fontes. É isso que deve ser mexido, outras rendas da previdência. Quem vai somar 40 anos de contribuição para se aposentar? Desse jeito vai acabar a previdência pública no Brasil”, questionou.

Os grandes devedores

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Genilson Duarte aponta que a reforma não deverá melhorar a previdência e que é totalmente prejudicial ao trabalhador brasileiro. “São partes que serão profundamente afetadas [mulheres e trabalhadores rurais], a gente sabe como é a luta lá no campo e as mulheres e como é a jornada”, disse.

Ainda conforme o representante da CUT, a reforma que está sendo proposta não cobra os grandes devedores da previdência. “Deveriam ser os primeiros a serem cobrados. Somos defensores de que precisa ser revista a previdência no nosso país, mas não do jeito que está sendo proposta”, apontou.