Simone evitou candidatura avulsa para não atrapalhar eleição e adotar campanha ‘anti-Renan'
(Foto: Roberto Castello)

Nesta sexta-feira (1°), acontece a eleição para definir o presidente que regerá o Senado pelos próximos dois anos. A senadora sul-mato-grossense (MDB) tentou ser a candidata do partido, mas acabou derrotada internamente por Renan Calheiros (MDB-AL). Ela é uma das que estão à frente de um plano “anti-Renan”.

Acompanhando a eleição, Simone disse que o presidente tem que estar sintonizado com as ruas e tenha boa relação e capacidade de negociar com o Executivo sobre os interesses da população e não somente pessoais.

Já oficializaram suas candidaturas os senadores Fernando Collor (Pros-AL), Reguffe (sem partido), Álvaro Dias (Podemos-PR), Major Olimpo (PSL-SP) e Angelo Coronel (PSD-BA), (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Candidatura avulsa

Nesta semana, foi levantada a possibilidade de Simone Tebet lançar uma candidatura avulsa para bater de frente com Renan Calheiros e inclusive, foi convidada por demais senadores a se juntar ao Podemos, mas a parlamentar descartou a chance.

“Eu ia numa candidatura apoiada por um partido fora (do MDB), mas percebi que a minha candidatura poderia atrapalhar a estratégia e dividir ainda mais os votos [de um candidato viável para derrotar Renan], então, entrei na campanha anti-Renan. Nós estamos todos nos unindo para poder garantir num segundo turno alguém com condições de vencer as eleições”, explicou.

A senadora também disse que espera um “embate muito duro”, principalmente pela questão dos que apoiam voto aberto e dos que preferem voto secreto – este que segundo muitos, beneficiaria o senador Calheiros. Na mesma linha, a senadora teme pela condução da eleição e que se não tenha questionamentos sobre os votos, de acordo com ela, “para que a população saiba como votaram seus representantes”.

Liderança

Na última terça-feira (29), a senadora resolveu deixar a liderança do MDB e explicou que abriu mão para “ter liberdade de votar a favor das minhas convicções”. “Ser líder de uma bancada rachada, que não tem sintonia com o que a gente pensa também não resolve nada. Então renunciei à liderança para poder ter liberdade nesses próximos quatro anos e ajudar o Brasil”, esclareceu.