Concorda? Sem CPI, Energisa diz aos deputados que contas subiram ‘por causa do calor’

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) explicou nesta terça-feira (29) após reunião dos parlamentares com quatro diretores da Energisa que 87% da população do Estado quer a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas que a Casa precisa ser prudente. Marcelo Vinhaes Monteiro, diretor-presidente […]

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Diretores da Energisa em reunião na ALMS (Renata Volpe
Diretores da Energisa em reunião na ALMS (Renata Volpe

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) explicou nesta terça-feira (29) após reunião dos parlamentares com quatro diretores da Energisa que 87% da população do Estado quer a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas que a Casa precisa ser prudente. Marcelo Vinhaes Monteiro, diretor-presidente da concessionária no Estado, explicou que a amplitude térmica de MS explica o aumento nas contas.

“Nós precisamos ouvir todas as partes antes de tomar uma decisão e falar que vamos fazer uma CPI, que é uma providência mais forte. Nós somos prudentes”, disse Corrêa, que destacou que a empresa é séria e merece respeito. “A Energisa tem feito investimentos no Estado. Nos próximos dois anos vai investir 2 bilhões em Mato Grosso do Sul. Mas a decisão é dos deputados. Ouvimos a empresa e agora, em separado, vamos conversar todos os 24 deputados e tomar uma decisão”. 

O presidente ressaltou que as explicações de Vinhaes foram ‘satisfatórias’. “Houve aumento excessivo do calro e diminuição dos reservatórios”.

Fake news de Rondônia

O diretor-presidente alegou em entrevista após a reunião que setembro foi um mês atípico em Mato Grosso do Sul, mas que supostas fraudes nos medidores de energia são resultado de uma ‘fake news‘ que surgiu em Rondônia. “Lá, nós acabamos de adquirir a gestão da energia e estamos combatendo o furto. O medidor eletrônico não permite abertura, ele é lacrado de fábrica e se estraga, tem que ser substituído. Não tem como a Energisa alterar”.

Caso o consumidor acredite que o medidor está com problemas,pode pedir perícia na empresa. “Se estiver estragado, a gente substitui. Se não estava, o consumidor paga pelo equipamento”, explicou Vinhaes.

Segundo o diretor-presidente, a Energisa é distribuidora de energia e o alto custo estaria na geração, de matriz hidráulica, em épocas de calor intenso. “Temos reservatórios que suportam ao longo dos anos, mas não temos sobra de energia”, disse.

 

Neste mês de setembro o consumo, segundo Vinhaes, aumentou no Estado como se tivesse ‘surgido’ mais um município com o tamanho de Dourados, aumentando o valor das contas. Sobre a instauração da CPI na Câmara, o diretor disse que a empresa não foi convidada para prestar esclarecimentos, mas que deve comparecer quando for acionada.

“Estamos à disposição para levar informação correta para o nosso cliente. Aumentou o consumo”, finalizou. 

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