Logo após deixar a reunião as portas fechadas em que estava, junto de sua equipe de primeiro escalão para tratar de assuntos para os próximos quatro anos no governo, Reinaldo Azambuja (PSDB) falou sobre a decisão de Jair Bolsonaro (PSL) em retirar da Funai a responsabilidade de demarcações de terras indígenas.

O decreto que foi assinado ontem, terça-feira (1°), pelo presidente empossado em edição extra do Diário Oficial da União, transfere as responsabilidades para o Ministério da Agricultura, que será dirigido por Tereza Cristina (DEM).

“A Funai estava muito politizada, muitos conflitos e com isso [decreto], será capaz de distensionar a relação entre os direitos de comunidade indígenas e quilombolas e do direito dos proprietários”, declarou Azambuja.

O governador afirmou que “o decreto vai transferir para a agricultura, que é uma área com um olhar de responsabilidade”, além de ressaltar que toda a questão será possível “conciliar com um bom diálogo”.

Reinaldo também enaltece o papel que Tereza Cristina fez pela agricultura estando a frente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) e poderá fazer estando como ministra da pasta. “Tereza vai ter muita habilidade para lidar com isso”.

Em Brasília, Tereza explicou que toda a questão fundiária do país, o que inclui titulação de terras da agricultura familiar e demarcações de terras indígenas e quilombolas, está à cargo de sua pasta, enquanto a Funai, no que tange a políticas públicas sociais para o índio, estará sob responsabilidade do Ministério dos Direitos Humanos.

Reunião

Por mais de três horas reunido com seus secretários a portas fechadas, Reinaldo tratou de assuntos como exoneração de cargos, secretariados, rumos de seu novo governo.