Não interessa a esse governo jovens que questionem a realidade do País, diz Vander
O deputado federal Vander Loubet (PT) disse que a sabatina do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15), só reforçou que os cortes, ou contingenciamento, como se refere o Governo Federal, é uma perseguição guiada por questões ideológicas. “Aparentemente, não interessa a esse governo ter jovens que analisem e questionem […]
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O deputado federal Vander Loubet (PT) disse que a sabatina do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15), só reforçou que os cortes, ou contingenciamento, como se refere o Governo Federal, é uma perseguição guiada por questões ideológicas.
“Aparentemente, não interessa a esse governo ter jovens que analisem e questionem a realidade do País, o próprio Bolsonaro já disse que deseja uma geração de jovens que não se preocupem com questões políticas. Além disso, acho que faltou ao ministro capacidade de diálogo. Não soube dar a devida satisfação aos parlamentares, nem mesmo àqueles que fazem parte da base do governo. Isso é grave e mostra que a relação do Executivo com o Legislativo segue descoordenada e sem rumo”, disse.
Convocação
O ministro foi convocado pelos deputados para explicar os cortes nas verbas de universidades e institutos federais. No dia 30 de abril, Weintraub anunciou que a UnB (Universidade de Brasília), a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a UFF (Universidade Federal Fluminense) teriam os repasses bloqueados em 30% por promoverem “balbúrdia”.
No mesmo dia, o bloqueio acabou estendido para todas as universidades e institutos federais. O Colégio Pedro II, financiado pela União, também foi afetado. A oposição reagiu com um movimento para obstruir as votações em Plenário.
Dados do governo contabilizam o bloqueio de R$ 1,7 bilhão do orçamento de todas as universidades, o que representa 24,84% dos gastos discricionários e 3,43% do orçamento total das federais.
O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários e aposentadorias, não foram afetadas.
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