O secretário estadual de Administração, Roberto Hashioka, participou nesta segunda-feira (3), do Midiamax Entrevista, e falou sobre as notícias que circulam nas redes sociais, dizendo que ganha R$ 92 mil, PDV (Plano de Demissão Voluntária) e manifestações dos servidores estaduais.

Segundo Hashioka, houve exploração nas redes sociais de que ele teria salário de R$ 92 mil. “O governo não pode pagar tudo isso. Salário do secretário é de R$ 28 mil brutos, o que significa R$ 21 mil líquido”.

Ele assumiu ter recebido essa quantia em janeiro, dinheiro oriundo da rescisão de trabalho do Detran/MS. “Como fui presidente do Detran, saindo de lá, recebi minha rescisão, quando sai de um serviço, recebe o abono de férias, recebi as férias que não teria gozado. Todo servidor seja ele comissionado ou efetivo, tem rescisão. Eu recebo ainda os proventos enquanto engenheiro, contribui 36 anos na agora Agesul. Mas o salário enquanto secretário é de R$ 28 mil brutos”.

Dominando os números do governo, Hashioka disse que 86 servidores procuraram informações sobre o PDV, disponível para os servidores a partir de 1º de junho. “Foram 86 consultas do PDV, protocolado só teve um pedido. Não temos grandes expectativas quando a adesão do PDV por esse momento que o Brasil passa, o serviço público continua atrativo”.

Atualmente, de acordo como secretário, são 16 mil servidores que estão trabalhando em jornada reduzida de 6 horas. “Se esses servidores que não se enquadrarem mais (a jornada passa para 8 horas a partir de 1º de julho), têm válvula de escape com o PDV”.

O ex-prefeito de Nova Andradina citou números do custo da folha de pagamento e comentou sobre a quantidade de comissionados. “Sempre tem crescimento na folha de pagamento vegetativo ao longo dos anos, de 5,47%. O governo tem 2 mil e poucos comissionados, isso representa 3% da folha, eles estão em cargos de assessoramento e direção”.

No governo, são 49.506 servidores ativos com média salarial R$ 4.798 e 20 mil servidores inativos, com média salarial de R$ 7.240. “O abono custa R$ 7 milhões mensais, mais de R$ 90 milhões anuais. Todas as categorias têm abono”.

Sobre a questão das 8 horas de trabalho, o secretário de Administração explicou a geração de economia ao governo. “O governo paga R$ 68 milhões por ano de hora extra. Trabalhando 8 horas, gera economia porque gasta menos com plantões e horas extras, elimina a necessidade de contratar novos servidores”

Confira a entrevista completa a seguir:

Midiamax Entrevista Roberto Hashioka

Roberto Hashioka, secretário de Estado de Administração e Desburocratização, é o convidado desta segunda-feira (3) do Midiamax Entrevista. O titular da SAD falará sobre o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e as negociações salariais com servidores estaduais que terminou sem concessão de reajuste.Outro tema será o abono de R$ 200: forma encontrada pelo Governo de Mato Grosso do Sul de “beneficiar quem ganhar menos e reduzir a desigualdade salarial dentro do serviço público”. A lei com a prorrogação do abono por 12 meses foi publicada nesta segunda-feira. O benefício varia de R$ 100 a R$ 250 e é pago para quase 40 mil servidores.Hashioka foi prefeito do município de Nova Andradina, presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan) e diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS).

Posted by Jornal Midiamax on Monday, June 3, 2019