Opinião sobre governo de Bolsonaro causa discussão entre deputados de MS
(Foto: Luciana Nassar/Victor Chileno/ALMS)

Durante sessão na Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (20), os deputados estaduais (PT) e (PSL) usaram a palavra para criticar e defender o governo Bolsonaro que está em evidência nos últimos dias, movidos pela reforma da previdência e também por conta da exoneração de um ministro.

O deputado Pedro Kemp criticou a gestão do governo Bolsonaro que tem batido cabeça, segundo o deputado, e alertou que o presidente não está sendo o ‘timoneiro da situação', alegando que seus filhos tem sido porta-voz e que podem causar estragos quando agem assim. “Torço contra o governo, porque se der certo, vai ser um desastre para grande parte da população”, disparou.

Segundo o parlamentar petista, o discurso trazido por Bolsonaro sobre a moralidade de combater a corrupção “caiu por terra” logo no começo do seu governo. O deputado citou como argumento o caso do filho do presidente, Carlos Bolsonaro, as candidaturas laranjas e a demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno.

“O PSL não é um partido corrupto, mesmo porque não existe, pessoas são corruptas. Dentro do partido existem pessoas honestas e de boa intenção, mas as pessoas dentro do governo Bolsonaro precisam ser investigadas”, esclareceu Kemp.

Na contramão da argumentação, o deputado do PSL, Capitão Contar afirma que o partido na última eleição trouxe uma nova geração de pessoas motivadas pelo atual presidente. “Bolsonaro vai manter acesa essa chama e torço para que o governo dê certo, porque se der certo, todos serão beneficiados”, explicou o parlamentar ao discordar do discurso feito por Pedro Kemp.

Contar ainda pontuou que independentemente do partido, as pessoas que forem corruptas, devem pagar pelos seus erros e citou como exemplo de condenação, a do ex-presidente que foi condenado pelos casos do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. “Existem diversas outras investigações no governo Lula e que precisam ser apuradas”.

Kemp, entretanto, defendeu o ex-presidente ao dizer que condenaram sem ter provas e que foram apenas por indenizações e pela cabeça dos juízes, porque conforme aponta o deputado, “as pessoas têm medo do Lula”.