João Rocha rebate Consórcio e diz que empresas devem melhorar qualidade dos ônibus

Diante da justificativa do presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, de que a lentidão e demora dos ônibus seriam culpa das condições do trânsito e da ‘buraqueira’ nas ruas campo-grandenses; o presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha (PSDB), afirma que as empresas do transporte coletivo precisam fazer sua parte e não apenas jogar a […]

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João Rocha durante sessão na Câmara de Vereadores. (Minamar Junior
Vereador João Rocha durante sessão na Câmara de Vereadores. (Minamar Junior

Diante da justificativa do presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, de que a lentidão e demora dos ônibus seriam culpa das condições do trânsito e da ‘buraqueira’ nas ruas campo-grandenses; o presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha (PSDB), afirma que as empresas do transporte coletivo precisam fazer sua parte e não apenas jogar a responsabilidade para o poder público.

“Cada um tem sua maneira de enxergar, de defender, e justificar alguma situação que não está de acordo. Porém, os vereadores têm constantemente feito o seu papel, tem fiscalizado não só o Executivo, mas também as concessionárias. Nós acreditamos que a cidade passa por um momento de melhoria e de avanço”, relatou Rocha na quinta-feira (4).

“Estamos todos imbuídos de melhorar a situação das vias, da mobilidade urbana, cujo transporte coletivo é importante nesse processo e que precisa também fazer a parte dele, e melhorar essa situação em que se encontra o atendimento ao usuário”, complementou o presidente do Legislativo.

CPI dos Ônibus

Na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) chegou a propor a CPI dos Ônibus, mas apenas cinco parlamentares assinaram, e mesmo eles admitem achar difícil que os vereadores decidam encarar o Consórcio Guaicurus.

O prefeito Marquinhos Trad chegou a afirmar que ‘ninguém tem medo da CPI dos Ônibus porque não tem nada a temer’.

No entanto, servidores ligados aos órgãos municipais responsáveis pela organização e fiscalização do transporte denunciam que haveria pressão para manter supostos favorecimentos aos empresários com omissão e até conivência sobre mudanças que descumpririam o contrato de concessão.

Coincidentemente, logo após propor a CPI dos Ônibus, o vereador ainda virou alvo de ‘protesto’ durante sessão com participação até de assessores nomeados no próprio legislativo municipal.

João Rocha, por sua vez, acredita que não há perseguição ao proponente da CPI, e que a maioria dos colegas não o apoiou porque não há motivação nem “concretude” para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

“Esse Poder Legislativo é norteado e comandado pela maioria, porque tudo que se é discutido aqui se coloca em voto. Aquilo que tem maioria, vence, aquilo que tem minoria, perde. Há ética entre nós vereadores. A maioria entende que não há motivação, concretude, para a abertura de uma CPI”, argumentou.

Ônibus parados

Flagrante do Jornal Midiamax revelou que quase metade da frota chega a ficar fora de circulação, mesmo nos horários de maior movimento. E tudo, com conhecimento e autorização da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

O órgão municipal responsável por organizar o cumprimento das cláusulas do contrato de concessão não só admitiu que até 50% dos ônibus teoricamente nas ruas de Campo Grande são mantidos fora de circulação com a desculpa de integrarem ‘frota reserva’, como ainda defendeu o Consórcio Guaicurus por deixar os veículos parados perto dos terminais para ‘ajudar o ambiente’.

Na verdade, segundo denúncia de servidores ligados à fiscalização do transporte coletivo, a manobra seria uma forma de tirar oficialmente os ônibus das garagens para tentar disfarçar o suposto descumprimento do contrato de concessão bilionário assinado em 2012, no fim da gestão de Nelson Trad Filho (PSD) como prefeito.

 

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