Durou cerca de uma hora o depoimento do (DEM) à nesta quarta-feira (04). Interrogado por delegados de Brasília, o parlamentar respondeu a todas as perguntas sobre compra e venda de gado e supostas notas frias, segundo o advogado Carlos Marques.

Interrogado por uma hora na Polícia Federal, deputado falou sobre venda de gado em MS
O advogado Carlos Marques (Richelieu Pereira, Midiamax)

A defesa disse que as perguntas foram ‘praticamente as mesmas’ de quando o deputado foi preso, em setembro do ano passado. “Todas as perguntas eram referentes a compra e venda de gado à JBS”, resumiu Marques.

O parlamentar é apontado como emissor de notas fiscais “frias” para dissimulação do esquema de pagamento de propina outras empresas do ramo agropecuário e frigorifico. Segundo as investigações, do total de créditos tributários auferidos pela empresa dos colaboradores, um percentual de até 30% era revertido em proveito da organização criminosa investigada.

Nos autos do inquérito, foram juntadas cópias das notas fiscais falsas utilizadas para dissimulação desses pagamentos e os respectivos comprovantes de transferências bancárias. Apurou-se também que parte da propina acertada teria sido viabilizada antecipadamente na forma de eleitoral oficial, ainda durante a campanha para as eleições em 2014; e que alguns pagamentos também teriam ocorridos mediante entregas de valores em espécie, realizadas nas cidades do e São Paulo, no ano de 2015.

Durante a operação no ano passado, cinco agentes da Polícia Federal estiveram no gabinete do deputado na ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para realizar buscas e apreensões. Eles deixaram o local com um malote após passarem mais de dez horas na Casa.