Apontado como presidente do PP em Campo Grande, o vereador Cazuza diz que já não está mais no cargo, pois a comissão provisória que comanda o partido na Capital deixou de existir em dezembro de 2018, quando “venceu” o prazo de sua vigência.

“A municipal precisa se reunir com a regional e precisa fundamentar novamente o meu nome como presidente municipal. Por enquanto, eu acredito que a municipal não está vigente, por isso acabei não dando nenhum parecer sobre a situação em si”, disse Cazuza ao Jornal Midiamax, na terça-feira (14).

A situação a que o progressista se refere é a briga entre o vereador Valdir Gomes e o presidente regional do partido, o ex-prefeito de Campo Grande Alcides Bernal. O caso virou caso de polícia, com o registro de um boletim de ocorrência feito pelo parlamentar contra o dirigente.

“Parece uma briga pessoal, não concordo com a atitude do presidente regional, acho que situações como essa tem que ser tratada internamente, não da forma como foi exposta”, lamenta Cazuza.

Mesmo com este cenário de conflito, o vice-presidente da Câmara de Vereadores não descarta comandar a municipal do partido e liderar as articulações políticas com foco nas disputas de 2020 na Capital. E até lá, espera que a legenda esteja pacificada.

“Eu acho que precisa ter harmonia para poder ter crescimento. Então, acho que através da comunicação e do diálogo pode se chegar num denominador comum, aparar essas arestas. Alguns estão com os ânimos exaltados, e a gente precisa buscar o caminho certo para o crescimento. Temos que procurar soluções. Acredito que vai ter um fim”, conclui Cazuza.

Desorganização

Além de Valdir Gomes, sua correligionária Dharleng Campos também pode trocar de legenda e desfalcar ainda mais o partido de Alcides Bernal.

Ambos reclamam da mesma situação, da falta de organização do partido, cuja liderança regional tem deixado de fora os parlamentares na tomada de decisões.

“O que me deixou descontente com o partido não é só pelo que aconteceu agora, mas é pela desorganização. Pelas tomadas de decisões que ele [Bernal] faz sozinho, depois temos que ficar aceitando tudo que ele faz. Ele não se reúne com os parlamentares. Ele não nos escuta e não conversa. Por isso que eu penso em sair do partido”, disse Dharleng, na terça-feira.