O pecuarista e delator da , Ivanildo da Cunha Miranda, está nesta quarta-feira (04) na sede da Polícia Federal de Campo Grande onde também deve depor. O empresário foi visto por testemunhas aguardando ser ouvido por delegados de Brasília que acompanham o caso.

Ivanildo também era alvo da Operação Lama Asfáltica e também da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Em meados de 2017, ele procurou a Polícia Federal com intuito de celebrar um acordo de delação premiada.

O pecuarista era apontado como suposto operador das propinas envolvendo o ex-governador () no esquema da JBS.

À polícia, quando firmou o acordo, o próprio Ivanildo contou que recebia, como operador do esquema de propina em troca de benefícios fiscais, entre os anos de 2007 a 2010 valores mensais entre R$ 60 mil a R$ 80 mil, e após 2011 até 2013, esse valor, em alguns meses, chegava a R$ 220 mil.

Oitivas

A ação é decorrente do IPL (Inquérito Polícial) 1.190, após cumprimento dos mandados de busca, apreensão e quebra de sigilos telefônicos e fiscais realizados em 2018.

Além de MS, foram ouvidas testemunhas e investigados em São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Ceará também na terça-feira. A investigação teve origem no acordo de colaboração dos executivos da JBS, conglomerado com atuação no ramo de alimentos, e apura suposto esquema de corrupção na concessão de benefícios fiscais pelo Governo do Estado de através da (Secretaria de Estado de Fazenda).