O líder do prefeito Marquinhos Trad (PSD) na Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Chiquinho Telles (PSD), criticou a postura da deputada federal Rose Modesto (PSDB) acusando-a de usar protesto de mulheres trabalhadoras contra atraso nos ônibus, no sábado (15), como palanque eleitoral.

O episódio virou alvo de polêmica após agentes da Guarda Civil Metropolitana irem ao local armados e dispararem spray de pimenta contra trabalhadoras. Depois do ocorrido, a parlamentar tucana usou as redes sociais para sair em defesa das mulheres.

“Ela tem razão na fala em se preocupar com as mulheres, como o Marquinhos se preocupa. Tanto é que o prefeito já está tomando providencias em relação ao que ocorreu ontem”, rebateu o líder do prefeito, criticando políticos que torcem pelo ‘quanto pior, melhor’.

“Mas quantas emendas a deputada federal já apresentou para ajudar a abrir mais corredor de transporte em Campo Grande? Tem uma forma melhor de ajudar do que ficar criticando em rede social, é muito fácil achar palanque assim. Nós temos que ter a preocupação de resolver o problema”, alfinetou.

Se conselho for bom…

O vereador fez questão de aconselhar a deputada, dizendo que ao invés de se manifestar sobre a situação deveria direcionar o irmão, deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), ‘a não votar pacotes que vão de encontro ao agronegócio’.

A fala é referência à votação de pacote de aumento de tributos enviado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e aprovado nesta semana pela ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). “Deveria dar orientações”, disse Chiquinho defendendo que interferência de Rose seja nas ações do irmão deputado.

“Ele [Marquinhos] não vai usar o erro de ninguém para fazer palanque. Nós temos que ter a preocupação de resolver o problema”, afirmou Chiquinho. De acordo com ele, Marquinhos não deixará o episódio de atraso de coletivos e truculência contra as trabalhadoras ‘passar em branco’. “Marquinhos já tomou providências com a abertura de sindicância e não tenha dúvida que vai punir aqueles que tiverem usado força em excesso e cobrar responsabilidade do Consórcio”, finalizou.