Presidente da Câmara Municipal de , o vereador (PSDB) diz que ideias mais radicais levantadas por participantes das manifestações do próximo domingo (26), como o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional, são contrárias aos ideais da .

O próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) também se pronunciou contra posicionamentos mais radicais, dizendo que aqueles que pregam esses pontos “está na manifestação errada”, e que “essa pauta está mais para Maduro”, numa referência ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Para João Rocha, a manifestação é democrática, mas posições radicais devem ser tratadas com cuidado. “Podemos entrar num viés diferente que se prega no estado democrático de direito. Política se faz com diálogo, entendimento buscando um consenso e equilíbrio”, avalia.

O presidente do Poder Legislativo de Campo Grande acredita que, em nível nacional, há uma necessidade de aproximação maior na política dos poderes “para que haja um entendimento e se busque o caminho comum”.

Rocha deu como exemplo a própria Capital, que passou por momentos complicados durante a gestão do prefeito Alcides Bernal (PP), entre os anos 2013 e 2016, em que Executivo e Legislativa tinham uma relação praticamente belicosa.

“Os extremos não funcionam. Nós tivemos exemplo em Campo Grande de quando as coisas se extremam. Nós vivemos aqui quatro anos com bastante dificuldade”, ponderou. “O Brasil está precisando mais do que nunca de diálogo e de entendimento, para que possamos vencer grandes barreiras e preencher algumas lacunas que estão abertas no país e a população brasileira está esperando”.

Demandas

No início do chamamento para a mobilização do dia 26 de maio, as pautas que despontavam eram as de fechamento do Congresso e do STF, com o passar do tempo o foco, ao menos oficialmente, se fechou em críticas ao centrão, que será apontado como responsável por paralisar o governo e atrasar a votação da reforma da Previdência.

Entre as pautas oficiais estão a defesa da reforma da Previdência; defesa do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro; apoio à Lava Jato; votação nominal na Medida Provisória da reforma administrativa; defesa de medidas de Bolsonaro, como contingenciamento de gastos e decreto de armas.