Bando de puxa-saco do Dagoberto, diz vereador ao rebater advertência do PDT por CPI

Os vereadores Odilon Oliveira e Ademir Santana, ambos do PDT, mantiveram posicionamento contrário à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mesmo após advertência que receberam do diretório do partido por não assinarem o pedido de abertura da investigação na Câmara de Campo Grande. Santana chegou a afirmar nesta quinta-feira (28) que a punição foi dada porque […]

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Vereador Ademir Santana. (Marcos Ermínio
Vereador Ademir Santana. (Marcos Ermínio

Os vereadores Odilon Oliveira e Ademir Santana, ambos do PDT, mantiveram posicionamento contrário à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mesmo após advertência que receberam do diretório do partido por não assinarem o pedido de abertura da investigação na Câmara de Campo Grande. Santana chegou a afirmar nesta quinta-feira (28) que a punição foi dada porque o diretório teria um ‘bando de puxa-saco do Dagoberto’, presidente estadual da sigla.

“Eles querem se meter no mandato do vereador. Quem sabe o que acontece aqui na Câmara é o vereador. A Comissão de Transportes da Casa já pediu informações sobre as investigações contra o Consórcio Guaicurus e qualquer coisa que envolva investigação passa pelo Ministério Público”, disse.

Para o parlamentar, ‘no fim, tem que pedir ao Ministério Público’. “E isso nós já estamos fazendo”, disse, ao justificar não ver motivo para abertura de investigação na Casa. O vereador reitera que assina a CPI se for apresentado um fato determinado com irregularidade constatada.

Bando de puxa-saco do Dagoberto, diz vereador ao rebater advertência do PDT por CPI
Odilon também segue sem assinar documento (Marcos Ermínio, Midiamax)

Santana disse ainda que o partido tomou esse posicionamento por ter ‘um bando de puxa-saco do Dagoberto’. “A maioria dos funcionários do diretório é ligada a ele e os caras querem ser candidatos a vereador. Mas aí, se for eleito, vem aqui. Vota, discute CPI e qualquer questão que envolva Campo Grande. Enquanto isso não existe ficar pressionando dessa forma. Mas tudo bem. Vamos aceitar divergências”, comentou.

Odilon Oliveira disse ainda não ter sido notificado da advertência. “Soube pela imprensa. Não posso assinar CPI sem fato determinado. CPI não é brincadeira ou instrumento eleitoreiro. Não podemos banalizar este instrumento. Quando estiver convicto, se tiver um fato determinado, serei o primeiro a assinar”, comentou. “Enquanto isso tenho que seguir minha consciência. Só espero que não seja retaliação por eu ter anunciado a vontade de deixar o partido”, finalizou.

Cinco dias

O diretório campo-grandense do PDT decidiu somente advertir os vereadores Ademir Santana e Odilon Junior por não seguirem a orientação partidária para assinar a lista favorável a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus. Porém, ambos não estão livres de sanções maiores do partido.

Isso porque além da advertência, está prevista a obrigatoriedade de assinar a CPI para que a Câmara Municipal investigue o Consórcio Guaicurus, em um prazo de cinco dias. Caso eles sigam sem assinar o documento, está previsto como punição a suspensão de 90 dias das atividades partidária do PDT.

As punições impostas por ora foram decididas em reunião da Executiva municipal na quinta-feira (21). Inicialmente, membros do partido pediram a exclusão dos vereadores, contudo, por questão estatutária, ela não pode ocorrer de imediato.

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