
O governo vai esperar que o presidente eleito se manifeste sobre a reforma da Previdência para só depois decidir se vai tocar a pauta no Congresso. A declaração foi dada pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, em entrevista no Palácio do Planalto na quinta-feira (4).
Marun afirmou que o posicionamento do próximo presidente sobre o tema será fundamental para determinar uma nova tentativa de aprovação da matéria.
O ministro também falou sobre as prioridades do governo no Congresso e afirmou que espera a casa cheia já na semana que vem.
Ele disse que governo tem pressa e quer a aprovação da MP 840, que criou a estrutura do Ministério da Segurança Pública. A não aprovação no Congresso da medida provisória preocupa porque ela perde a validade no dia 17 de outubro.
No Senado, a prioridade é sobre as regras da chamada duplicata eletrônica, entre outras propostas. A duplicata é um título de crédito que pode ser executado para cobrar débitos decorrentes de operações de compra e venda de bens e serviços a prazo. O texto prevê a criação de um registro nacional de duplicatas com o objetivo de evitar fraudes.
Marun afirmou que vai ter uma discussão com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, e com os líderes para já articular essas e outras votações.