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Política

“Não se pode corrigir injustiça do passado fazendo injustiça no presente”, diz Rebelo sobre retomadas

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aldo Rebelo prega que poder público não pode tirar terras indígenas dos agricultores, pois isso seria nova injustiça, dessa vez com os produtores
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O ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aldo Rebelo (SD) evitou ‘cravar’ uma opinião sobre os conflitos por retomada de terras envolvendo indígenas e ruralistas, em Mato Grosso do Sul, mas afirmou que “não se pode corrigir injustiças e erros do passado fazendo injustiças e erros no presente”. A declaração foi dada a imprensa, durante coletiva na tarde desta segunda-feira (21).

Para o pré-candidato à presidência, os indígenas ficaram mais distantes do acesso a direitos essenciais, como saúde, moradia e educação, “basta examinar a situação dos nossos irmãos como a taxa de suicídio das comunidades”, entretanto, quando se trata de conflito por terras, o poder público não pode criar nova injustiça, mas, desta vez, segundo Rebelo, contra os ruralistas, ao devolver aos índios, as terras em posse de agricultores há tantos anos.

“Foi um processo de injustiça contra os índios, como é que se corrige essa injustiça? É fazendo uma injustiça contra o agricultor, que, legitimamente, herdou, ou adquiriu legalmente um pedaço de terra e está lá dentro, produzindo? Ele também precisa de segurança jurídica, ele não pode responder por injustiças que foram feitas a 200, 300 anos atrás”, declarou.

Segundo Rebelo, por vezes, o poder público fomenta o conflito, ao invés de exercer papel mediador diante dele. “Esse conflito não pode ser resolvido jogando um contra o outro, essa é uma solução falsa, essa solução não gera harmonia”, disparou.

Evitando posicionamento mais delineado, o ex-ministro disse que esse é um caminho mais equilibrado para solução da questão, que é, segundo ele, um dos maiores desafios do Estado brasileiro.

“Isso não é retórica, é um ponto de partida para alcançar uma solução equilibrada, que contemple os diretos dos indígenas e os direitos legítimos dos proprietários que precisam de segurança e de paz nas áreas que eles ocuparam ou que vivem legalmente”, conclui.

 

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