O ex-presidente do Uruguai, José ‘Pepe’ Mujica, faleceu nesta terça-feira (13). A deputada federal por Mato Grosso do Sul, Camila Jara (PT), lamentou a morte do líder político.
“Pepe se destacava pela sua simplicidade no meio da multidão, foi alguém que fez política com o coração”, disse. Assim, destacou que o ex-presidente “é uma figura que fará falta no mundo, onde a gente precisa aprender a criar pontes, muito mais que fazer política, ele pregava um novo estilo de vida”.
Por fim, afirmou que “foi uma honra ter tido a oportunidade de conhecer e trocar ideias com esse grande ser humano”.
O político estava em cuidados paliativos. Em abril de 2024, Mujica anunciou diagnóstico de câncer no esôfago.
Pepe confirmou câncer
Então, em janeiro deste ano, Mujica confirmou que o câncer espalhou e que não seguiria o tratamento. Ele explicou que a doença chegou ao fígado e que após o diagnóstico, pediu aos médicos que não o “fizessem sofrer em vão”.
Em maio, Lucia Topolanski, esposa do político, contou que ele já estava em cuidados paliativos para alívio da dor em casa. Mujica estava em fase terminal, afirmou Topolanski.
Em 2024, o ex-presidente do Uruguai passou por radioterapia e, após a remissão do câncer, precisou realizar uma cirurgia. Em setembro, Mujica foi hospitalizado quatro vezes em menos de duas semanas devido a distúrbios digestivos causados pela radioterapia. Ele precisou ser submetido a uma gastrotomia para garantir o “bom fluxo” de alimentos e para permitir que o esôfago danificado se reparasse naturalmente.
Pepe encarava a morte com naturalidade. “É preciso morrer. Pertencemos ao mundo dos vivos, nascemos destinados a morrer. Por isso a vida é uma aventura maravilhosa. Mais de uma vez na minha vida a morte rondou a cama, desta vez parece que vem com a foice em punho. Vamos ver o que acontece”, afirmou.