Temer adia sem nova data viagem para Ásia em meio a investigações da PF

Presidente diz que adiou viagem por causa de votação na Câmara

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O presidente Michel Temer (MDB) adiou a viagem que faria no início de maio à Ásia. O adiamento, sem nova data, ocorre em meio às investigações da Polícia Federal sobre suposto recebimento de propina por parte de Temer no inquérito dos portos.

De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente decidiu cancelar a viagem à Ásia para acompanhar a votação de uma proposta no Congresso.

Os deputados vão discutir o remanejamento de recursos do Orçamento da União para cobrir a inadimplência da Venezuela e de Moçambique em operações nas quais o Brasil é o garantidor de crédito.

Se Temer deixasse o país, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB), teriam de se licenciar do cargo ou também sair do país devido a regras eleitorais, o que prejudicaria a tramitação da proposta orçamentária, segundo o Planalto.

Inquérito dos portos

A decisão de cancelar a viagem foi tomada após a Polícia Federal ter solicitado ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), a prorrogação por 60 dias do inquérito dos portos, que investiga se Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias.

Temer é investigado neste inquérito sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a empresa Rodrimar em alterações legais para a área portuária.

Na semana passada, Temer afirmou, em um firme pronunciamento, ser alvo de uma “perseguição criminosa disfarçada de investigação”, e disse que, se pensam “ilusoriamente” que irão derrubá-lo, não vão conseguir.

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