Aliado do governo tucano também foi vaiado

Dezenas de servidores que lotam o plenário da Assembleia durante a sessão desta quinta-feira (5) cobram a análise dos projetos que podem beneficiar algumas categorias, e reagiram com vaias a discursos que contrariam a pauta defendida pelo funcionalismo público, como a defesa do ex-presidente Lula (PT).

O primeiro a ser vaiado foi o deputado Barbosinha, que trocou o PSB pelo DEM, que argumento que a emenda que previa a incorporação progressiva do abono de R$ 200, a partir de 2019, era um pedido do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), que deveria ser redigida pela base aliada.

Barbosinha disse que a oposição quis fazer uso político da emenda, que acabou nem sendo votada, a pedido dos próprios servidores.

Pedro Kemp (PT) disse que a emenda era ‘engana trouxa’, pois possuía vício de iniciativa, já que o governo não poderia criar despesas para o próximo gestor de Mato Grosso do Sul.

Ao comentar o reajuste dos servidores, Kemp afirmou que apenas o governo de Zeca do PT valorizou o funcionalismo público, e disse que os anos da gestão Azambuja foram de perdas para as categorias.

O petista foi vaiado quando mudou de assunto e passou a defender o ex-presidente Lula, que na madrugada de hoje viu o STF (Supremo Tribunal Federal) negar o Habeas Corpus impetrado por seus advogados e que pode liberar sua prisão.

Os servidores reclamaram quando Kemp disse que Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro sem provas e como resultado de uma ‘perseguição política’. Eles cobraram a votação das matérias de interesse do funcionalismo.

Kemp não gostou de ser vaiado e deixou a tribuna. A sessão foi suspensa sem que os projetos que alteram o PCC (Plano de Cargos e Carreira) de servidores da saúde e do Detran-MS chegassem à Casa.