Durante agenda pública na manhã desta quarta-feira (6), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) descartou reduzir a tarifa do transporte coletivo urbano da Capital, como chegou a sugerir o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao anunciar redução na alíquota do ICMS sobre o óleo .

“Acredito que o governador falou sem fundamentação técnica dos dados que o contrato prevê”, disparou o prefeito.

Marquinhos explicou que quando o valor da tarifa foi reajustado para os atuais R$ 3,70, em dezembro de 2017, o diesel estava custando R$ 3,13, e que de lá até hoje, mesmo após as reduções provocadas pela greve dos caminhoneiros, o preço final do combustível ‘subiu muito.

“Em nenhum momento as empresas (do Consórcio Guaicurus) falaram em repassar o aumento da tarifa para que houvesse reequilíbrio do contrato. O dado base que a gente se utiliza do valor do óleo diesel é o da Agência Nacional de Petróleo (ANP) que é bem menor que o valor cobrado aqui pelo Governo do Estado”, alegou Trad.

Segundo o Chefe do Executivo Municipal, mesmo em dezembro de 2017 se fosse levado em consideração o preço do diesel em Mato Grosso do Sul a tarifa de ônibus em deveria ter sido alterada para R$ 3,90, e não R$ 3,70.

No final do ano passado, a Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos) explicou que a composição da tarifa era composta com peso de 39,9% na variação do preço do combustível, 29% salário do motorista, 4,6% resultantes de índices de recomposição de inflação e 27% sobre o custo da manutenção dos veículos 27%.

À época, a direção da Agência chegou a sugerir que uma das formas de baratear ainda mais a passagem de ônibus na Capital era o governo estadual isentar o Consórcio Guaicurus do ICMS do diesel, nos mesmos moldes em que a Prefeitura isentou as empresas do ISS.

O prefeito Marquinhos Trad ainda destacou, na agenda desta quarta-feira, que o subsídio concedido pelo governo do presidente Michel Temer (MDB) tem previsão de duração de 60 dias, e que após esse prazo o preço do diesel pode subir.