“Não houve convite e não aceitaria se viesse”, diz Marun sobre cargo no próximo governo
Marun quer descansar nesse momento. (Foto: Vinicius Costa)

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB) esteve em Campo Grande nesta sexta-feira (23) e disse que não pretende estender o seu trabalho neste momento. O ministro esteve presente em uma reunião no Hospital do Câncer para tratar de assuntos financeiros.

Um dos homens de confiança do presidente Michel Temer, Marun diz que não recebeu nenhum convite da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro para permanecer no próximo governo. “Não houve convite, nunca pleiteei e não aceitaria se viesse nesse momento pelo menos”, ressaltou.

Ele justificou essa escolha dizendo que está trabalhando na transição em algumas questões que precisam ser aprovadas no Congresso.

“Estou realmente disposto a dar uma descansada e depois verificar qual foi o nível da minha atuação na política. Não vou nem aqui no partido, assumir nenhuma função executiva mais importante”, pontuou.

Questionado se pensaria em uma eventual disputa pela prefeitura de Campo Grande, Marun preferiu desconversar, mas explicou que teria que estar “disposto a voltar para a política” e afirmou que para tal cargo, “tem que querer muito para se dispor a disputar”.

Indicado para assumir o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o ministro informou que isso é um movimento dos deputados e que ele fosse o representante no conselho, mas deixou no ar se vai ou não querer o cargo.

“Vai ser decidido ano que vem. Não afasto essa possibilidade, é uma função de grande responsabilidade e vou avaliar isso no mês de março se eu me disponho a disputa dessa vaga”, explicou.

Marun que é deputado federal e teria mais um mês de mandato para cumprir, disse que pediu para seu nome fosse incluído na comissão de plantão para que se necessário, reassumisse o cargo e completaria o fim do mandato.

Partido

Passadas as eleições, Carlos Marun que é do MDB fez um balanço sobre fraca campanha em Mato Grosso do Sul e o ministro afirmou que saiu enfraquecido, mas que cumpriu seu papel que era disputar a eleição. “Numericamente saímos enfraquecidos, mas em termos de atuação, saímos mais fortes”.

“O MDB é muito forte, é muito grande. Tenho certeza que em breve estaremos novamente exercendo esse protagonismo na política daqui do Estado”, ressaltou.