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Política

Marina Silva: ‘Não estou sozinha. Estou com milhares de brasileiros’

Não teme enfrentar as urnas sem a participação de outros partidos
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Não teme enfrentar as urnas sem a participação de outros partidos

A pré-candidata à Presidência da República pela , , declarou nesta terça-feira (27/2), em evento em , que não teme enfrentar as urnas sem a participação de outros partidos numa eventual composição rumo ao Palácio do Planalto. Apesar de ter confirmado manter diálogos com representantes de outras siglas, a ex-senadora preferiu não adiantar quais agremiações estão na mira do grupo político comandado por ela.Marina Silva: 'Não estou sozinha. Estou com milhares de brasileiros'

“Não estou sozinha. Estou com milhares de brasileiros”, disse, ao negar impacto no resultado eleitoral pela falta de alianças com grupos tradicionais. A declaração foi dada após a assinatura da “coligação cidadã”, espécie de parceria com o movimento político Agora!, grupo social independente que investe em candidaturas avulsas e na participação de membros da sociedade nos debates políticos. O Agora! é conhecido por ter entre seus integrantes o apresentador Luciano Huck, o qual tem dado declarações de que não será candidato ao Planalto.

Apesar da desistência de Huck, pelo menos cinco nomes ligados ao Agora! devem concorrer a um cargo eletivo pela Rede Sustentabilidade. Um deles é o juiz Márlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa, pré-candidato ao governo de Tocantins. Marina Silva aposta também em nomes com pouca tradição na política, mas que “possam oferecer ideias que semeiem frutos”. “Essa escolha foi consciente. A porta estreita não é o caminho fácil, mas a larga não é o melhor caminho”, frisou.

A carta-compromisso com o Agora! coloca, portanto, a Rede Sustentabilidade na contramão das alianças partidárias tradicionais no país. A chamada coligação cidadã é a abertura do partido de Marina Silva para atrair e incluir dentro da legenda a participação de pessoas que não se enquadram, segundo os partidários, com a atual formatação das siglas tradicionais. Assim, elas poderiam disputar as próximas eleições sem precisarem, necessariamente, defender as mesmas bandeiras da agremiação política que as acolheu.

“Temos o sonho de um Brasil mais simples, mais humano e mais sustentável. Estamos construindo uma agenda e definindo medidas concretas em diálogo constante com a sociedade”, afirmou o coordenador do Agora!, o cientista político Leandro Machado. De acordo com ele, o Agora! tem estimulado as pessoas a participar mais do contexto político, na defesa de candidaturas independentes, mas descartou a ideia de transformar o movimento em outro partido. “Esse não é o momento”, disse.

Tanto a Rede quanto o Agora! defendem a aprovação de proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Reguffe (sem partido-DF) que estabelece a possibilidade de candidaturas avulsas para ingresso de cidadãos na política, sem a necessidade de aderirem às tradicionais práticas partidárias. Hoje, a entrada se dá apenas com filiação a algum partido político. Pelo estatuto, a Rede separa pelo menos 30% das vagas para candidaturas independentes.

Baixas

Nesta semana, dois importantes nomes da Rede Sustentabilidade deixaram a agremiação: os deputados federais Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR). Ambos trocaram a legenda pelo PSB e comunicaram sua decisão usando as redes sociais. A leitura das baixas é que os políticos temem a falta de aliança para facilitar a eleição no chamado coeficiente eleitoral.

“Em um novo partido, me sentirei mais à vontade para continuar a lutar com firmeza e determinação por tudo o que sempre defendi”, afirmou Molon, em texto publicado no Facebook e no Twitter. “Agradeço o convite e a confiança do presidente nacional do partido [PSB], Carlos Siqueira, que, por conhecer a nossa história e trajetória de vida, nos convidou a participar desse momento histórico para o Brasil. Tenho certeza de que teremos muito a contribuir”, disse Machado, também em nota nas redes sociais.

Com a saída dos parlamentares, a sigla de Marina ficará com apenas três cadeiras na Câmara dos Deputados. O número é inferior a cinco, quantidade de congressistas exigida para a participação da presidenciável em debates de TV durante a campanha, conforme regra aprovada no ano passado durante a reforma eleitoral. “Em outros partidos, costumam dizer que não existem ex-filiados. Na Rede, sim. Existem ex-filiados. Os dois continuam nossos amigos, e desejo sorte para eles”, minimizou.

Durante o evento, o qual reuniu lideranças da Rede, como o senador Randolfe Rodrigues (AP), Marina criticou a reforma política ao insinuar que foi prejudicada pelo texto aprovado. “Ficamos com apenas 10 segundos [na TV] e com um Fundo Partidário com muito pouco se comparado a eles. Tudo foi feito para que a sociedade não mude. Não é fácil cultivar as ideias nesse terreno pedregoso das manobras que querem sempre o fruto das ideias”, afirmou.

Também participaram do lançamento da coligação cidadã: o deputado distrital Chico Leite, possível candidato da sigla ao Senado Federal pelo DF; o porta-voz nacional da Rede, Zé Gustavo Fávaro; e o cientista político Leandro Machado, representante do Agora! e aliado de Marina Silva desde 2010.

 

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