Mandetta descarta interferência de Bolsonaro em não reeleição e fala de projetos para Saúde

Restando pouco mais de um mês para a posse de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), indicado para chefiar o Ministério da Saúde, vai usar o tempo que ainda sobra para ‘colocar a casa em ordem’. Em entrevista exclusiva ao Midiamax, o democrata fala de ações, projetos e prioridades em sua […]

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Restando pouco mais de um mês para a posse de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM), indicado para chefiar o Ministério da Saúde, vai usar o tempo que ainda sobra para ‘colocar a casa em ordem’. Em entrevista exclusiva ao Midiamax, o democrata fala de ações, projetos e prioridades em sua nova empreitada.

Mandetta conta que, durante a transição, vai cuidar de ações que evitem que aconteçam problemas graves ainda no primeiro trimestre de 2019, como a reposição de profissionais no Programa Mais Médicos, cuja ausência, segundo ele, poderia causar caso de “desassistência generalizada” na saúde pública.

“Fizemos um trabalho de articulação com o Conselho Federal de Medicina, pessoalmente com o MEC, para que médicos que estão formando pudessem obter seus registros no conselho de maneira mais ágil. [Falei] com associações médicas, de estudantes, para que a gente pudesse dar a resposta que deu, chegando a 98% das vagas fechadas e vamos ver se conseguimos fechar 100% até o final do edital”, espera.

Citando caso de pacientes transplantados, ele afirma que que fazer um balanço dos medicamentos, de modo a garantir abastecimento de estoques considerados estratégicos. “A gente não pode entrar janeiro sem vacina, sem inseticida para dengue, sem os medicamentos para os transplantados, que se você não der eles podem correr o risco de rejeição ao órgão”, pontua.

Licitações me curso e questões orçamentárias também devem ter prioridade na agenda do ortopedista infantil. “Estudar o orçamento, ver quanto de recurso e em quais áreas teremos em 2019, já que o orçamento foi feito esse ano, sem que a gente tivesse condição de ver se podem ser feitas alterações”. Ele adiantou que deve se reunir, já na próxima semana, com o também sul-mato-grossense Waldemir Moka (MDB), senador e relator do Orçamento para 2019, para tomar nota e acertar detalhes.

Equipe de MS e fator Bolsonaro

Integrantes do Estado em sua equipe no Ministério não estão descartados, mas o futuro ministro adianta que eles não devem ser priorizados.

“O critério é técnico, é competência, é histórico, de gente que está pronta para assumir o desafio. Se for alguém de Mato Grosso do Sul, da Paraíba, da Bahia, do Rio de Janeiro, o presidente deixou claro e está dando mostras que está mais preocupado em quem forma a melhor equipe”.

Na Câmara Federal pelos últimos 8 anos, Mandetta admite que não esperava ser escolhido para a ‘missão’, mas se sente preparado e satisfeito só de ter o nome lembrado pelo Capitão do Exército.

“Tenho uma história de 30 discutindo saúde, procurando soluções, tanto no sistema privado, como presidente da Unimed, quanto no sistema público, quando fui secretário de saúde, 8 anos como deputado federal, presidente de uma comissão importante. A gente fica lisonjeado até pelo fato de ser lembrado, isso já é uma coisa que nos acalenta muito, sinal que teve eco as nossas colocações”, cita.

Sondado por Bolsonaro antes mesmo da eleição, o democrata descarta sua interferência na decisão de não disputar a reeleição e afirma que naquele cenário, “ninguém poderia imaginar absolutamente nada”.

“Eu não disputei a reeleição porque achou que depois de 8 anos no congresso, achei que não havia mais uma necessidade de colocar, já tinha feito muita coisa, mitos projetos de lei, momento achava que outras pessoas podiam ser representantes do nosso estado na Câmara Federal e não tinha nenhuma perspectiva, ninguém poderia imaginar absolutamente nada”, finaliza.

 

 

 

 

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