Dois dias após descartar uma redução na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) convocou uma reunião com todo o secretariado, neste sábado (26), para discutir uma possível redução no tributo.

Na quinta-feira (24), Azambuja afirmou que a reinvindicação dos caminhoneiros só seria resolvida com intervenção do governo federal na negociação. A greve, motivada pela alta no preço dos combustíveis, teve início na última segunda-feira (21) e já está no sexto dia.

Na ocasião, o tucano disse que Mato Grosso do Sul é um dos estados do Brasil com menor alíquota na gasolina, 25%, e lembrou que o imposto sobre o diesel já chegou a ser reduzido em Mato Grosso do Sul, mas que a ação não resultou em aumento de venda nas bombas.

O acordo para baixar o preço do diesel no Estado se deu em julho de 2015 como estratégia para aumentar o consumo do combustível, principalmente entre a classe produtiva. A ideia, contudo, não se concretizou e a alíquota voltou aos 17% em janeiro do ano seguinte.

“O grande problema do combustível é precificação baseada no dólar, o barril de petróleo foi de 38 para 80 dólares e também puxou o preço do combustível para cima. Entendo que é a legítima a reivindicação, mas muitas vezes no fechamento do ir e vir está o cerceamento do direito e causa prejuízo enorme em alguns setores”, afirmou o governador”, disse o governador.

A declaração do chefe do Executivo foi dada durante agenda com empresários na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), antes de o ministro Alexandre de Moraes acatar pedido do governo federal e determinar o desbloqueio de rodovias, sob risco de multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento.