A eventual indicação do atual ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB), para ocupar um cargo no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) por indicação da Câmara Federal, está descartada.

Marun encaminhou uma nota aos deputados federais e explicou os motivos de sua ‘desistência’ de disputar a indicação da Câmara Federal para compor o CNMP.

Segundo o ministro, além da promessa feita ao presidente Michel Temer (MDB) de permanecer na Secretaria de Governo até o último dia da gestão do emedebista, pesou o fato de que já disputam a indicação ‘pessoas ilibadas, apoiadas por figuras ilustres do mundo judiciário’.

“Mesmo não sendo ilegal, eu não considero ser ético disputar uma indicação da Câmara dos Deputados ao mesmo tempo em que exerço a função de Ministro da SEGOV/PR, exatamente a pasta que trata da articulação política”, alegou Marun.

Sabatina

Nesta segunda-feira (17) a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) anunciou que fará uma sabatina na próxima quarta-feira (19), com o professor da USP (Universidade de São Paulo) Otavio Luiz Rodrigues Junior, indicado da Câmara para o CNMP.

Confira na íntegra nota enviada por Marun aos parlamentares:

“Colegas,

 

Mesmo não sendo ilegal, eu não considero ser ético disputar uma indicação da Câmara dos Deputados ao mesmo tempo em que exerço a função de Ministro da SEGOV/PR, exatamente a pasta que trata da articulação política. Por isto decidi não buscar o apoio dos senhores e das senhoras para a representação da Câmara no CNMP(Conselho Nacional do Ministério Público), cuja a escolha acontecerá amanhã. É sabido que tenho a posição inarredavel de permanecer ao lado do presidente Temer até o final do seu mandato. Pesou também na minha decisão o fato de já estarem na disputa pessoas ilibadas, apoiadas por figuras ilustres do mundo Judiciário, já havendo portanto a condição de sermos bem representados neste Conselho. Agradeço, portanto, as diversas manifestações de apoio que recebi ao tempo em que reafirmo as minhas convicções em defesa do Livre Exercício da Atividade Politica, do Direito de Defesa, do Devido Processo Legal e do Estado de Direito, princípios que penso que devem ser determinantemente defendidos por aquele que vier a nos representar.

 

CARLOS MARUN

Dep Fed licenciado”