Tão logo o salário dos deputados federais for reajustado, de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, seguindo o chamado ‘efeito cascata’ gerado pelo aumento no salário de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Assembleias Legislativas de todo o país, incluindo Mato Grosso do Sul, devem aumentar o vencimento de seus deputados estaduais.

Como um deputado estadual ganha o equivalente a 75% do salário de um deputado federal, um parlamentar que assumir uma das 24 cadeiras na Assembleia sul-mato-grossense receberá, a partir de 2019, R$ 29,4 mil.

O deputado Paulo Corrêa (PSDB), principal cotado para assumir a presidência da Assembleia no próximo biênio, explicou que o aumento da Casa é constitucional, segue ato da Mesa Diretora e não precisa ser aprovado em plenário.

Para o tucano, haverá um ‘desgaste necessário’ com aumento do salário dos deputados. “É constitucional, está definido em lei. Tem que ser estabelecido, e os deputados devem prestar contas à população”, frisou Corrêa.

O deputado reeleito pelo Patriota, Lídio Lopes, afirmou que a discussão sobre o reajuste do salário dos parlamentares não cabe à Assembleia. “A briga é lá cima, com os ministros do STF”, pontuou.

Imoral

“Acho um absurdo (aumento do salário dos parlamentares), completamente desnecessário, acima da média e absurdamente imoral”, disparou o deputado Amarildo Cruz (PT), que não se reelegeu para a próxima legislatura.

A Mesa Diretora da Assembleia deve esperar que a Câmara dos Deputados reajuste o salário dos congressistas para, então, determinar o aumento em Mato Grosso do Sul. A expectativa é que isso aconteça antes do início do recesso legislativo, que deve começar na penúltima semana de dezembro.