O ex-deputado estadual (PSL) disse que seu companheiro de sigla e presidenciável Jair Bolsonaro foi mal interpretado, ao dizer que deve evitar apoiar nomes de outras legendas para governos estaduais, até por que, segundo o pré-candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa, é muito difícil buscar independência e viabilizar uma candidatura pura.

“O que o Bolsonaro quis dizer é que ele não está focado em eleição para governo, mas, sim, em apresentar candidatos do PSL para concorrer ao pleito. Não há como participar de uma eleição, ainda mais diante das regras que foram estabelecidas pela justiça eleitoral, de buscar independência com uma chapa pura”, afirmou nesta segunda-feira (4) ao Jornal Midiamax.

David ainda confessou que o diretório regional da legenda já conversou com todos os candidatos ao Parque dos Poderes, mas a decisão só deve ser tomada em julho, com aval da direção nacional do partido e de Bolsonaro.

“Nos próximos dias vou à Brasília junto com o presidente nacional do PSL, Rodolfo Nogueira, e vamos conversar sobre isso com ele [Bolsonaro]”, completou.

Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que não pretende apoiar no 1° turno candidatos de outras siglas na disputa aos governos estaduais e que o PSL só deve ter candidatura própria em cinco estados. O militar afirma que o foco será sua própria candidatura ao Planalto.

“Não estou preocupado com governador. Já é um tumulto [disputa pela Presidência]. Vou ficar me preocupando com 27 Estados?”, queixou-se, durante a entrevista, concedida na última sexta-feira (1).

Bolsonaro é líder na pesquisa realizada pelo Instituto DATAmax, de intenção de voto do eleitor de Campo Grande para o cargo de Presidente da República, divulgada em abril. O deputado federal aparece com 27% das intenções de voto do eleitor da Capital.

No entanto, por ser uma sigla pequena, o PSL deverá encontrar dificuldades para montar seus palanques estaduais. Segundo ele, a legenda deverá ter apenas “uns 5 candidatos” próprios, e não aponta como será em Mato Grosso do Sul, na entrevista ao Poder 360.

Com poucos nomes do PSL e sem apoio a nomes de outros partidos, o pré-candidato minimiza a importância de ter candidatos que promovam seu nome nos Estados. Ele afirma que apostará nas redes sociais para superar possíveis desvantagens em relação a adversários.