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Política

Vereadores levam discussão sobre obra na BR-163 para 12 cidades

Obras pararam em abril 
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Obras pararam em abril 

Com objetivo de discutir a paralisação das obras de duplicação da BR-163, audiências públicas serão realizadas em 12 cidades do Estado por onde passam a rodovia. A definição de levar a discussão para o interior saiu nesta quarta-feira (24), em audiência na Câmara Municipal de Campo Grande.

As obras foram paralisadas em abril depois que a concessionária CCR MSVia pediu revisão do contrato de concessão. Na época, a empresa afirmou à União que queria fazer a duplicação apenas em pontos considerados necessários por ela, e não em toda a extensão da BR-163 como acordado em abril de 2014.

Na reunião desta manhã entre os vereadores da Capital, ficou decidido que os encontros nas Câmaras do interior acontecerão para mobilizar os parlamentares das cidades por onde a rodovia passa. Autoridades locais e a população devem ser chamadas para participar das discussões.

As cidades onde haverá audiência são: Camapuã, Itaquiraí, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Jaraguari, Mundo Novo, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Rio Verde, Caarapó e Eldorado.

Para o presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), a retomada da duplicação é necessária em razão da rodovia ser corredor de escoamento de safras. “Nós temos essa responsabilidade para com o nosso País. Não podemos ficar parados só nessa reunião, temos que continuar nessa mobilização até que algo seja efetivado”, disse.

Paralisação

Oito meses após garantir que a duplicação da BR-163 ficaria pronta até 2020, a CCR MSVia interrompeu a obra em Mato Grosso do Sul. A empresa fez, no início do mês, pedido de revisão contratual à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para mudar as regras do contrato firmado com a União. O Sinticop (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso do Sul) estima fechamento de 1500 empregos diretos.

Vereadores levam discussão sobre obra na BR-163 para 12 cidades

A CCR MSVia disputou a concessão, de 30 anos, com cinco grupos e saiu vencedora, em maio de 2012. O contrato foi assinado em 14 de abril de 2014. No total, o projeto tem investimento de R$ 4,59 bilhões. A principal justificativa para a interrupção da duplicação é a crise econômica. A concessionária pede à ANTT o retorno de condições normais de financiamento e regularização de licenças ambientais. A CCR também alega redução de 35% na arrecadação de pedágio.

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