Pular para o conteúdo
Política

Temer sanciona reforma política com vetos

Temer decidiu vetar uma proposta
Arquivo -

Temer decidiu vetar uma proposta

O presidente aprova série de alterações na legislação eleitoral, como criação de um fundo público bilionário para campanhas, mas veta emenda vista como forma de censura. Sanção ocorre a tempo das eleições de 2018.O presidente Michel Temer sancionou a com vetos nesta sexta-feira (06/10), último dia do prazo para que as mudanças na legislação eleitoral tenham validade nas eleições de 2018. Os últimos pontos da reforma foram aprovados nesta semana pelos deputados e senadores.Temer sanciona reforma política com vetos

Os projetos aprovados pelo chefe de Estado serão publicados ainda nesta sexta-feira em edição extra do Diário Oficial da União, informou o Palácio do Planalto – para que sejam válidas no próximo pleito, marcado para 7 de outubro de 2018, reformas devem ser sancionadas um ano antes.

Análise: Era essa a reforma política que o Brasil precisava?

Após polêmica, Temer decidiu vetar uma proposta que exigia das empresas responsáveis pelas redes sociais a suspensão de publicações denunciadas por promoção de discurso de ódio ou divulgação de notícias falsas, até que o autor seja identificado.

A intenção, segundo os defensores do projeto, era evitar o uso de perfis falsos para difamar candidatos. Críticos, por outro lado, apontaram que a medida traz riscos de censura.

Após aprovação no Congresso, houve uma imediata repercussão negativa, uma vez que simples denúncias de usuários seriam suficientes para derrubar uma publicação em até 24 horas e sem a necessidade de ordem judicial.

Também houve alertas de que, com a mudança na lei, partidos poderiam criar equipes para fiscalizar perfis de usuários na internet e denunciar arbitrariamente publicações críticas – mesmo que não tenham conteúdo ofensivo. Diante da polêmica, o Palácio do Planalto já havia informado nesta sexta-feira, em nota, que o presidente vetaria o texto.

Entre as propostas sancionadas por Temer nesta sexta-feira está o projeto que estabelece regras para utilização do recém-criado fundo público para o financiamento de campanhas eleitorais.

O texto regulamenta normas que vão desde a arrecadação de recursos por meio de financiamento coletivo na internet, o chamado crowdfunding, até critérios de distribuição do dinheiro arrecadado pelo fundo bilionário.

Com o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) – que conta com dinheiro público – os políticos encontraram uma alternativa para obter verba para a eleição, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o financiamento empresarial.

Diante disso, a criação de um instrumento para financiar campanhas era uma das prioridades dos deputados e senadores durante as discussões da reforma no Congresso. O FEFC conta com 1,7 bilhão de reais.

O fundo será assim distribuído: 2% igualmente entre todos partidos; 35% entre os partidos com ao menos um deputado na Câmara, 48% entre os partidos na proporção do número de deputados na Câmara em 28 de agosto de 2017, e 15% entre os partidos na proporção do número de senadores em 28 de agosto de 2017.

A reforma política também envolve uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece uma cláusula de desempenho para os partidos terem acesso aos recursos do fundo partidário – não confundir com o recém-criado fundo eleitoral -, além do fim das coligações partidárias a partir de 2020.

Como se trata de uma PEC, não passa pela sanção presidencial. Ela foi promulgada nesta semana pelo Congresso Nacional.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Servidores do Detran-MS denunciam manobra para deixar vistorias nas mãos de particulares

Estado entra como interessado em ação contra ex-diretor do HRMS por desviar R$ 12 milhões

Fórum Participativo reúne principais demandas da população de MS

Com procuradoria custando R$ 1,7 milhão, Papy mantém contratos jurídicos a R$ 480 mil

Notícias mais lidas agora

Delação ‘congelada’ amplia prazo para investigação sobre esquema de corrupção de Claudinho Serra

Secretários de MS retidos em Israel já estão na Jordânia a caminho do Brasil

TAJ Condomínio Resort chega a Campo Grande para redefinir o alto padrão

Unha encravada vira infecção generalizada e Zé Teixeira vai parar internado em hospital

Últimas Notícias

Brasil

Contratação pública terá 8% de vagas para mulher vítima de violência

Medida tem foco nas pessoas pretas e pardas

Política

Além de 16 indiciados, lista de Soraya à PGR inclui autoridades protegidas por foro

Seriam parlamentares que teriam tentado atrapalhar o andamento da comissão que investigou o mercado de apostas no Brasil.

MidiaMAIS

Evento que entra em ‘território pantaneiro’ e homenageia Manoel de Barros começa nesta quinta

Proposta é convidar o público a co-criar e co-refletir, desenvolvendo uma sensibilidade afinada com esse convite ao "transver"

Mundo

Presidente do México propõe a Trump acordo bilateral geral sobre segurança, migração e comércio

Reunião entre os dois líderes às margens da Cúpula do G7, no Canadá, foi inviabilizada