Prefeito descobre rombo de R$ 23 milhões nos cofres de cidade

Ex-prefeito informou dívida R$ 16 milhões menor

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Ex-prefeito informou dívida R$ 16 milhões menor

Pouco mais de quatro meses à frente da prefeitura de Paranaíba, distante 407 quilômetros da Capital, o prefeito Ronaldo Miziara (PSDB) revelou nesta quinta-feira (4) que descobriu rombo de R$ 23 milhões nos cofres do município. O valor é R$ 16 milhões maior do que o informado pelo antecessor Diogo Tita (PPS), quando fez a transição do comando da cidade, em dezembro passado.

De acordo com a atual gestão, levantamento detalhado foi feito durante os primeiros quatro meses deste ano. Quando assumiu a cidade, Miziara afirma que tinha conhecimento de dívidas que somavam R$ 7 milhões, desse montante, conforme o prefeito, R$ 3,5 milhões já foram quitados.

No entanto, durante levantamento descobriu-se dívidas que chegam a R$ 23 milhões. “A dívida real é muito maior do que os gestores do governo passado nos forneceram. Mais de 300% de diferença entre o que nos informaram e o valor real”, disse o prefeito.

A reportagem tentou apurar com a administração da cidade quais dívidas compõem o rombo descoberto pela atual gestão, mas a informação repassada pela assessoria de imprensa é que os detalhes só podem ser fornecidos nesta sexta-feira.

O Jornal Midiamax também tentou contato, por telefone, com o ex-prefeito Diogo Tita, mas nenhuma ligação foi atendida até o fechamento desta matéria.

GESTÃO CONTURBADA

Diogo Robalinho de Queiroz, mais conhecido como Diogo Tita, se elegeu pela primeira vez para o cargo de prefeito de Paranaíba em 1996, ainda pelo PTB. Ele se reelegeu na eleição seguinte.

Fora da administração municipal, em outubro de 2010, Tita foi convocado para assumir cargo de deputado na Assembleia Legislativa. Ele havia ficado na suplência e ocupou cadeira deixada por Carlos Marun (PMDB), que deixou Assembleia para comandar secretaria de Habitação do governo André Puccinelli.

Nas eleições de 2012, Tita concorreu novamente à prefeitura de Paranaíba, mas acabou derrotado nas urnas por Zé Braquiara (PDT), que se reelegeu. Meses depois das eleições, em abril do ano seguinte, a candidatura de Zé foi cassada por ele ter confeccionado 10 mil cartilhas para material de campanha usando recursos da prefeitura.

Diogo Tita acabou diplomado para assumir a cidade, ele renunciou ao mandato de deputado e permaneceu na prefeitura até dezembro do ano passado. Durante a gestão, Tita foi alvo de investigação da Câmara Municipal por não ter pago R$ 4,5 milhões ao instituto de previdência do município. O assunto virou CPI, que não teve desfecho até o fim do mandato de Tita.

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