Sentença foi publicada nesta segunda-feira

A condenação do ex-ministro Antonio (PT) a 12 anos e 2 meses de prisão foi considerada pelo deputado federal Zeca do PT, que também é presidente do diretório regional do partido, como um ato político de condenação sem provas. A sentença publicada nesta segunda-feira (26) foi proferida pelo juiz federal Sergio Moro.

Para Zeca, não há elementos de prova que confirmem os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

“Continuo achando que foi uma condenação sem prova, com base no convencimento promotores de Moro, condenação política, condena Palocci e absolve mulher do Cunha, mulher do Sergio Cabral e estão arquivando tudo contra Aécio”, disse o deputado federal.

O presidente regional do PT ressaltou, ainda, o fato da prova ser elemento fundamental do direito no Brasil.

A condenação

Palocci estava preso desde setembro de 2016, após denúncia do MPF (Ministério Público Federal) de que estaria envolvido no esquema de corrupção da Odebrecht e da Petrobras. Ele foi ministro nos governos petistas de Dilma Rousseff (Casa Civil) e Lula (Fazenda).

Esta é a primeira condenação contra Palocci. Segundo a Folha de S. Paulo, o ex-ministro negocia um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava-Jato, para diminuir sua pena.

Palocci terá de pagar multa de R$ 1,02 milhão, por determinação de Moro. Desse valor, R$ 466 mil são referentes ao crime de corrupção, enquanto R$ 559 mil são por lavagem de dinheiro. A defesa do ex-ministro pediu que ele fosse absolvido dos crimes.

Também foram condenados no processo o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que atuaram nas campanhas do PT, por lavagem de dinheiro. O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi condenado por corrupção passiva.

Para Zeca do PT, condenação de Palocci foi ato político sem provas

Esses valores serviram para “remunerar, sem registro, serviços prestados em campanhas eleitorais, o que representa fraude equivalente em prestações de contas eleitorais”, o que resultou na “contaminação” do “processo político democrático”, segundo Moro.