Desistências ou inscrições podem ser feitas até amanhã

Deputado federal e ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT confirmou nesta sexta-feira (5) que será candidato a presidência regional do partido. Congresso que começa hoje à noite e vai até este sábado definirá o novo comando da legenda.

Reunião realizada hoje entre Zeca, o deputado Vander Loubet, Pedro Kemp, Amarildo Cruz, Cabo Almi e João Grandão definiu a candidatura do ex-governador.

Até o início da semana, apenas três chapas haviam feito registro para participar da disputa, no entanto, desistências ou novas inscrições podem ser feitas até às 8 horas deste sábado.

Disputarão a presidência do PT em Mato Grosso do Sul o atual presidente Antônio Carlos Biffi, o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci e o ex-presidente do diretório municipal de Rio Brilhante, José Raul das Neves Junior.

Ao Jornal Midiamax, o deputado afirmou que atendeu ao apelo feito pelos políticos do partido. “Me apresentaram argumento que meu nome significa muito para o Estado e me senti na obrigação de entrar na disputa. Estou na expectativa”.

CONDENADO

Em março deste ano, Zeca foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) por improbidade administrativa por suposto envolvimento em um esquema de facilitação para contratação de empresa de publicidade durante seu mandato como governador do Estado.

Na época o esquema ficou conhecido como ‘farra da publicidade’. Com a decisão, Zeca, que governou MS de 1999 a 2006, fica inelegível por oito anos, porém, vai permanecer no mandato de deputado, já que a ação que o condenou cabe recurso.

De acordo com a acusação do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), em 2008 teria ocorrido, no então governo de Zeca, facilitação para a contratação da empresa E.F. Laboratórios e Fotografias Ltda-ME, que venceu licitação lançada pela gestão do petista. Com isso, o governo do Estado deveria ser ressarcido em mais de R$ 1,6 milhão.

Em 2015, o juiz juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais de Mato Grosso do Sul inocentou o ex-governador, a empresa e outros 16 envolvidos, porque considerou não existir provas concretas da ocorrência de improbidade e influência na licitação. Na época, Zeca negou relação com o esquema.