Reforma deve ser votada nesta quarta-feira

O governo de (PMDB) exonerou por um dia os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), de Cidades, Bruno Araújo (PSDB) e de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), para retornarem à Câmara dos Deputados e reforçarem a aprovação da .

A reforma, que teve seu relatório aprovado em comissão especial nesta terça-feira (25), deve ser levada para votação no plenário da Câmara nesta quarta (26).

A estratégia de Temer teve dois sucessos: primeiro, o presidente incluiu mais três deputados que, por força do cargo de primeiro escalão, devem votar à favor da aprovação da reforma trabalhista.

Segundo, porque recentemente o PSB negou-se a votar a favor das reformas trabalhista e previdenciárias. A traição do partido governista foi aprovada em reunião da Executiva Nacional, com pena de expulsão aos deputados que votarem a favor.

Com a saída dos ministros Mendonça Filho e de Bruno Araújo, seus suplentes assumem seus postos no Planalto, e ambos são do PSB pernambucano: Creuza Pereira e Serino Ninho. Tirando-os da Câmara o governo garantiu que dois votantes contrários à reforma não possam participar da sessão.

Além disso, o ministro Fernando Filho, que também é do PSB, era líder do partido na Câmara. Temer espera que em seu retorno à Casa Legislativa o ministro produza uma adesão à aprovação da reforma, impedindo o PSB de expulsar os votantes a favor.

O jornalista político Josias de Souza, do blog da UOL, explica que essa estratégia tem muitas chances de dar certo. O governo espera que metade dos 35 deputados do PSB sigam o caminho de Fernando Filho e votem à favor da reforma. 

Com medo de perder metade de seus parlamentares, e com isso receber uma parcela menor do fundo partidário, seria praticamente impossível que o PSB expulsasse uma parcela tão grande de deputados traídores, diz Josias.