Mesmo contrariando tom da bancada, Renan segue na liderança do PMDB
Suposto movimento tentaria retirar senador do posto
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Suposto movimento tentaria retirar senador do posto
As últimas declarações do presidente do PMDB no Senado, Renan Calheiros, deram o que falar entre seus correligionários nesta quarta-feira (3). De acordo com o Portal UOL, senadores do partido se reuniram ao fim da tarde em uma sala reservada para discutir a questão.
Nesta quarta, Renan passou a tarde se reunindo com sindicalistas e opositores às reformas promovidas pelo governo de Michel Temer (PMDB). O senador chegou a ser chamado de “o cara” pelo senador Paulo Paim (PT) e receber agradecimentos da senadora Gleisi Hoffmann (PT).
Em uma de suas últimas declarações, Ranan comparou a gestão Temer com a do presidente Artur Bernardes, “considerado o governo da vingança”. A declaração fez barulho.
Apesar de ter circulado no Senado que senadores estariam coletando assinaturas para destituir Renan do posto, o boato foi negado pela senadora Simone Tebet (PMDB). “A bancada do PMDB não precisa de lista nem para nomear nem para destituir líder”, disse.
Em uma segunda reunião, às 17h30 desta quarta, os senadores e a liderança do PMDB discutiram. Segundo Romero Jucá (PMDB), a discussão não teve o intuito de saber se Renan continuaria ou não sendo líder no Senado.
“Ele será um aliado importante nesse processo de aprovação das reformas. Temos que trabalhar juntos”, disse Jucá. Sobre as discordâncias entre o tom de Renan e da bancada, Simone Tebet disse que “houve uma insatisfação preliminar que nós queríamos levar na bancada, para conversar com ele”.
“Nós nem entramos no mérito do que ele pensa. Agora, que ele, quando se pronunciar a respeito de alguma coisa em plenário mais polêmica, que ouça a bancada. É o que foi acordado”, disse Tebet.
Sem tratar abertamente da suposta articulação para tirá-lo do posto, Renan disse após a reunião que “o PMDB vai discutir democraticamente o que vai fazer pela sua maioria”. “Se for incompatível com a liderança do PMDB defender os trabalhadores, vocês não duvidem o que pode acontecer”, afirmou.
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