‘Não pediu votos’, garantiu presidente

Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) se reuniu a portas fechadas nesta terça-feira (19) com os vereadores na sala da presidência da Câmara de Campo Grande e, de acordo com o presidente da Casa, vereador João Rocha (PSDB), foi explicar os motivos técnicos para revogação de uma lei municipal que autorizava doação de um terreno para a Igreja Católica e uma empresa.

“O prefeito não veio pedir votos. Veio explicar tecnicamente os motivos para que a Lei seja revogada. Cada um vota de acordo com a explicação que recebeu”. Rocha explicou que o prefeito teria ligado cedo solicitando a reunião. A revogação deve ser votada na próxima semana.

A Lei foi assinada pelo então prefeito Gilmar Olarte em 2015. De acordo com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), na lei autorizativa da doação constava que a área localizada no bairro Chácara Cachoeira teria 15.125,3 m², e que desse total seriam desafetados 2 mil m² para o Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS) e mais 5 mil m² para a Arquidiocese de Campo Grande. O restante continuaria sendo área pública.Marquinhos vai à Câmara explicar revogação de doação de área à Igreja e empresa

Apesar da lei ter sido assinada há dois anos, apenas agora a prefeitura iniciaria o processo de desmembramento do terreno. Equipes da Semadur fizeram nova medição na área e descobriram que o terreno era quase 500 metros menor do que a informação que constava na lei.

Dessa forma, constatou-se “inviabilidade técnica”, segundo Fonseca, e a prefeitura encaminhou projeto de lei que revoga a doação. O projeto passa ainda por análise na Procuradoria da Casa, para depois tramitar nas comissões e ser votado.