Ela afirma a vontade de enfrentar rivais no Congresso

A ex-senadora Heloísa Helena, da , de passagem em Campo Grade neste sábado, dia 8, para eleição da Executiva estadual do partido, comentou sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, em julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para a ela a chapa tem que ser cassada e ser feita outra eleição.

De acordo com Heloísa, que é coordenadora de organização da Rede nacionalmente, não há dúvida de que essa chapa tem que deixar o comando do país e estão todos envolvidos e sendo investigados na Operação Lava Jato.

“Além da demagogia eleitoral e mentiras das mais diversas, é uma eleição que já foi provado que foi por meio de investigados pela Lava Jato e tem que ser cassada. Qualquer país sério não pode ter medo de eleição e da democracia. Nós sempre lutamos por nova eleição, além de tudo, é uma chapa de demagogia política, mentiras e farsa intelectual”, destacou Heloisa.

Candidata?

Ao ser questionada se ela irá ser candidata a algum cargo na eleição de 2018, como senadora ou deputada, a ex-senadora lembra de grandes rivais e sua vontade de enfrenta-los.

“Eu sempre tive vontade de enfrentar Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo e outros mais que são queridinhos, tratados como companheiros por Lula, Dilma, Temer e companhia. A grande questão é que tenho a obrigação de me preocupar com a clausula de barreira. Dessa forma, é uma discussão que vamos fazer nacionalmente”, explicou.

Ainda de acordo com ela, o partido não tem uma decisão tomada ainda sobre o papel que poderá contribuir na campanha eleitoral. “Posso não ser candidata e ajudar na campanha ou cumprir meu trabalho em meu Estado sendo candidata regional. Vamos ver como as cisas vão se definir até o ano que vem”.

Com relação ao partido em Mato Grosso do Sul, ela enfatiza que não será imposto nada, mas que a sigla terá nomes na disputa de todos os cargos em 2018.

“Essa é uma discussão a ser feita por eles, mas com certeza haverá candidatura ao senado, governo, deputado estadual e federal, por que é algo muito importante. Esse é o momento, mesmo com esse processo eleitoral horroroso, temos a obrigação de despertar no imaginário popular uma alternativa a essa farsa intelectual que se apresenta como a única forma de fazer política, onde se dividem em dois grupos dominantes. De qualquer forma é algo que cada Estado vai debater com toda autonomia que têm”, finalizou.

Cláusula de Barreira

Também conhecida como cláusula de exclusão ou cláusula de desempenho, é uma norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos, segundo a Agência Senado.

O dispositivo foi aprovado pelo Congresso em 1995 para ter validade nas eleições de 2006, mas foi considerado inconstitucional pela unanimidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que prejudicaria os pequenos partidos.

A regra determinava que os partidos com menos de 5% dos votos nacionais não teriam direito a representação partidária e não poderiam indicar titulares para as comissões, incluindo CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Também não teriam direito à liderança ou cargos na Mesa Diretora. Além dessas restrições, perderiam recursos do fundo partidário e ficariam com tempo restrito de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de TV.

A adoção dessa medida está em votação no Senado Federal, ressuscitando uma discussão de quase 20 anos atrás.

Foto: Cleber Gellio/Midiamax